Começo da redenção

Há muito a região Sudoeste reclama que sofre com a falta de uma presença mais efetiva do Governo do Estado no seu território.
Políticos dos mais diversos partidos, opinião pública, empresários, movimentos sociais e tudo mais que atua na região são unânimes em uma única coisa: a confirmação que ao longo das últimas décadas os municípios têm sofrido com o abandono do governo estadual.
Muitos dizem que o pouco caso estatal é por falta de representatividade política, outros dizem que é devido a baixa densidade populacional e, consequentemente, pelos poucos votos da região.
No fundo pode se dar razão a cada uma das teses. Se a região tem poucos votos, consequentemente, terá poucos deputados na Assembleia Legislativa e de desta forma não conseguirá se fazer ouvida nos grandes debates estaduais.
Apesar desta pouca representatividade a região tem evoluído nos últimos anos e tem marcado presença com pelo menos um representante no parlamento estadual para se fazer representar, mesmo que seja de forma insuficiente.
Uma prova de que a região pode marcar posição mesmo tendo pouco representantes foi o recente projeto de lei apresentado pelo deputado Frederico D’Ávila, que atualmente é o único com relação mais próxima com a região a exercer mandato de deputado estadual, que disciplina o plantio de eucalipto para fins de celulose em todo o território estadual.
A lei afetará todos os municípios do Estado, mas caso seja aprovada poderá proporcionar realmente um grande avanço para a economia dos municípios do Sudoeste que precisam de espaço para desenvolver aquilo que é seu maior potencial econômico que é a agricultura.
Ao propor a aprovação da lei, o deputado do PSL poderá estar dando uma grande contribuição para que a região possa ao menos disciplinar a atividade do reflorestamento que há muito tempo tem prejudicado o desenvolvimento de municípios, como Capão Bonito, Buri, Itapeva, Itararé, São Mi-guel Arcanjo e tantos outros que são sufocados por grandes latifúndios usados para fins de celulose sendo que na região não existe sequer uma fábrica de papel ou celulose para ser beneficiado a riqueza que sai de seu solo.
O projeto tem recebido o apoio de um bom número de prefeitos e vereadores da região e caso seja aprovado fará com que o Estado possa dar uma grande contribuição ao desenvolvimento e distribuição de renda em todos os municípios do Sudoeste Paulista sem que seja necessário aporte de recursos públicos.
Aqueles que gostam e defendem um avanço na região devem esquecer os posicionamentos políticos do autor do projeto e sim devem lutar juntos para aprovação do PL 329, pois pode ser o começo da redenção de uma região que tem grande potencial, mas que sofre na mão de algumas empresas latifundiárias que só pensam em seus lucros e de seus acionistas.

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