Empresa responsável e que apresentou menor preço na licitação foi notificada pelos técnicos da Prefeitura e acabou ingressando com pedido de falência
Interditado e sem manutenção desde o início da atual gestão municipal, o Terminal Rodoviário Antônio Enei Neto de Capão Bonito acabou apresentando um problema estrutural. Parte do forro da sala de espera acabou cedendo na manhã desta quarta-feira, dia 15.
Segundo informações da equipe técnica da Prefeitura, o defeito havia sido apresentando à empresa responsável pela obra, a TPD Construtora, que também realizou obras na reforma da Câmara Municipal na gestão do ex-presidente Fio Londrina, que em vídeo postado em suas redes sociais sobre o caso, acabou aliviando a culpa da empresa. O motivo da defesa da empresa por parte do vereador é desconhecido.
Após as notificações para os devidos reparos, a empresa TPD acabou ingressando com pedido de falência e por fim, o proprietário acabou falecendo por complicações da Covid-19. Na época, e de acordo com a documentação da obra, respondia também pela empresa, através de procuração, o empresário José Cláudio Diniz Maciel (Brandão).
O ex-prefeito Marco Citadini disse que a TPD participou e venceu a licitação da obra da reforma da Rodoviária e os técnicos da Prefeitura, por diversas vezes, notificaram a empresa para alguns reparos. “Como administrador público, não podemos escolher a dedo as empresas contratadas para as obras, apesar de observarmos essa prática em alguns governos. A obra foi acompanhada e fiscalizada pelos técnicos concursados da prefeitura e que sempre notificaram a empresa sobre alguns problemas”, falou.
Citadini criticou o fato de deixarem a Rodoviária sem manutenção por quase um ano e alertou também sobre o problema estrutural da escola Sumie Baldissera, que segundo laudo técnico, ocorreram falhas estruturais nas obras de fundação, realizadas pelo então prefeito Julio Fernando entre os anos de 2015 e 2016. “A escola Sumie Baldissera está fechada há mais de um ano e até agora não foi tomada nenhuma providência. São patrimônios públicos que estão se deteriorando e sem o mínimo de manutenção”, concluiu.