Em Capão Bonito, o Executivo Municipal disse que dependeria do MEC para promover a equiparação salarial
Contrariando prefeitos e governadores, o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou nesta última quarta-feira, dia 26, que irá conceder reajuste aos professores no valor máximo de 33%.
O objetivo do Ministério da Educação, também pressionado por prefeitos e governadores, era de barrar o reajuste para esse ano. “Eu vou seguir a Lei, prefeitos e governadores não querem o reajuste de 33%. Eu vou dar no máximo que a Lei permite”, falou o presidente.
Com base no percentual anunciado por Bolsonaro, o reajuste para 2022 fica em 33,2%, passando assim dos atuais R$ 2.886,24 para R$ 3.845,34.
Sem bônus, os professores municipais de Capão Bonito estão ansiosos para o reajuste ao piso nacional do magistério. Já o setor de Finanças do prefeito Julio Fernando calcula que o reajuste aos professores será um desafio para os cofres da Prefeitura.
O reajuste de 33,2% pode provocar um impacto nas finanças municipais, principalmente na Educação, e diminuir o grau de investimento no setor, avaliam.
O Conselho do Fundeb de Capão Bonito, que fiscaliza e acompanha os gastos da pasta, questionou a secretária de Educação e primeira-dama, Ana Luiza Dias, sobre o reajuste ao novo Piso Nacional.
Na resposta, a secretária de Educação afirmou que o Piso Nacional de 2022 ainda não havia sido aprovado pelo Governo Federal e que estava aguardando as devidas publicações especiais.
Imaginando um outro cenário para o reajuste salarial dos professores, o Governo Municipal acabou atribuindo a demora sobre a medida ao MEC, porém, não esperava a declaração favorável do presidente Jair Bolsonaro.