O caminho é a industrialização

Na edição da semana passada deste jornal, foi feita ampla matéria sobre o crescimento do PIB per capita de Capão Bonito nos últimos 11 anos.

Dados do Censo feito pelo IBGE e entregue aos municípios nos últimos dias de 2022 para as análises e estudos visando o conhecimento mais qualificado dos mais de 5.500 municípios brasileiros apresentam informações importantes sobre as cidades da nossa região e entre elas o do crescimento econômico.

O crescimento dos últimos 11 anos foi significativo, principalmente entre os anos de 2017 a 2020, em que houve um aumento de mais de 40% do PIB local, muito provavelmente por uma considerável abertura e ampliação da presença do setor privado na cidade. Estes dados são um sinal positivo e deve ser comemorado, mas as políticas públicas para crescimento da cidade precisam ter continuidade.

Apesar dos bons números de crescimento do PIB per capita, há um longo caminho para que Capão Bonito e as demais cidades da região possam ter o mesmo PIB das cidades de outras regiões do Estado de São Paulo, que são muito mais desenvolvidas do que os municípios do Sudoeste Paulista exatamente por terem uma economia mais pujante.

A disparidade de renda e do PIB dos municípios da nossa região para outras partes do Estado continua muito grande e até mesmo cidades do Vale do Ribeira, tida como a região mais pobre do Estado, superam a região Sudoeste no quesito economia.

Portanto, apesar da melhora do PIB, será muito importante que as cidades da região tenham um projeto efetivo e regional de desenvolvimento, para que possam continuar crescendo, para que tenham ao longo dos anos uma diminuição da diferença existente com outros municípios paulistas.

O PIB per capita de Indaiatuba, por exemplo, é de R$ 87.525,86 por habitante, ou seja, mais de 3 vezes o de Capão Bonito.

A grande diferença existente dos municípios da nossa região, com outros como Indaiatuba, é de que nos municípios mais desenvolvidos do Estado há uma presença muito mais significativa de indústrias.

Se nós queremos pensar em crescer e termos uma qualidade de vida melhor, existe uma única alternativa, precisamos estimular o desenvolvimento industrial da região, caso contrário, ficaremos à margem do desenvolvimento.

Cabe a opinião pública cobrar que nossas autoridades façam um planejamento voltado para a industrialização, mas primeiro teremos que torcer para que estas mesmas autoridades analisem os dados do Censo, coisa que já deveriam ter feito há muito tempo.

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