No dia da Sexta-Feira Santa, que os antigos chamavam de Sexta-Feira Maior, fiéis católicos celebram a Paixão e a Morte de Jesus Cristo. O silêncio, o jejum e a oração marcam esse momento com profundo respeito e meditação diante da morte de Cristo. A data, faz parte do tempo de Quaresma, período de reflexão e renovação espiritual.
Durante o tempo quaresmal, os fiéis são convidados a fazer jejum e abstinência de carne, sobretudo, na Quarta-Feira de Cinzas e na Sexta-Feira Santa. “O jejum e a abstinência de carne ocorreram em reparação ao sofrimento de Cristo na Cruz e durante o tempo em que ficou no deserto sofrendo as tentações Ele fez jejum e ficou sem se alimentar, com isso, o povo passou fome e sede até adentrar na terra prometida”, salienta o padre Adilson de Oliveira Souza, pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Capão Bonito.
“A Quaresma é um convite para nos desapegarmos das coisas do mundo e nos aproximarmos de Deus com um coração contrito” (Santo Agostinho).
O significado da Quaresma, além de ser remetido aos 40 dias que Jesus ficou no deserto sofrendo as tentações e aos 40 anos que o povo passou no deserto até adentrar na terra prometida, também remete ao número 40 da Sagrada Escritura, que significa tempo de expectativa, preparo e prova. O número 40 significa ainda a totalidade em que o tempo se cumpriu. A Quaresma é celebrada desde o ano 200 D.C. No início era constituída de apenas três dias de oração, meditação e jejum.
Por volta do ano de 350 D.C, a Igreja Católica aumentou esse tempo para 40 dias, o que denominou como Quaresma. “O tempo da Quaresma nos convida a uma mudança de vida, a deixar de lado aquilo que nos afasta de Deus e assumir para a nossa vida aquilo que nos aproxima de Deus. Celebremos com alegria esse tempo quaresmal, trazendo em nosso coração a certeza de que Cristo morreu e se entregou por nós, mas ressuscitou glorioso no terceiro dia e, do mesmo modo que Ele ressuscitou, nós também ressuscitamos”, reforça o padre.
Segundo padre Adilson, é importante que os fiéis façam a Confissão Sacramental e o jejum, assim, se preparam espiritualmente para vivenciar esse tempo tão importante para a Igreja e para os cristãos. “Após a Sexta-Feira Santa temos o Sábado de Aleluia, é o dia que antecede a data da Páscoa. É um dia de alegria e celebração, pois marca o fim do tempo de luto e de dor da Semana Santa. É o começo da Páscoa, a festa da vida nova em Cristo. É um dia para se alegrar pela vitória de Jesus Cristo sobre a morte, pois Ele ressuscitou e vivo está”, finaliza o pároco.