O inverno de 2024 já é o segundo mais quente desde 1961, com uma média de temperatura de 23,1°C, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O recorde anterior foi registrado em 2023, com 23,3°C, quase 1 grau acima do normal. Neste ano, a primavera deve seguir com temperaturas até 2 graus mais altas, e poucas chuvas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Na década de 60, começaram as medições do Inmet, e desde então, a tendência de aquecimento é notável.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou uma probabilidade de 60% de retorno do fenômeno La Niña no final de 2024. O La Niña acontece quando a temperatura do Oceano Pacífico cai mais de 0,5°C, causando mudanças climáticas que afetam o Brasil. Entre seus efeitos esperados estão: aumento de chuvas no Norte e no Nordeste; tempo seco no Centro-Sul, com chuvas mais irregulares; tendência de tempo mais seco no Sul; condição mais favorável para a entrada de massas de ar frio no Brasil, gerando maior variação térmica.
Segundo a OMM, as condições climáticas estão neutras, mas há expectativa de que o fenômeno comece a se consolidar entre setembro e novembro deste ano.
A previsão indica que o último mês do inverno de 2024 seguirá com temperaturas acima da média e chuvas abaixo do normal em boa parte do país. A expectativa é de novas ondas de calor, especialmente em regiões como o Pará, Mato Grosso e Goiás, onde as temperaturas podem ultrapassar os 30°C. No Sul, as regiões mais altas ainda podem registrar temperaturas abaixo dos 12°C, enquanto as demais partes do país enfrentarão um clima mais quente e seco.