Dia Nacional da Alfabetização: a educação como instrumento de transformação

O Dia Nacional da Alfabetização, comemorado em 14 de novembro, é uma data que nos convida a refletir sobre os desafios que o Brasil enfrenta para eliminar o analfabetismo, especialmente entre a população mais velha. Embora haja progressos, o país ainda lida com números alarmantes. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2023, divulgada pelo IBGE, cerca de 9,3 milhões de brasileiros são analfabetos. Desses, 8,3 milhões têm mais de 40 anos.

Os dados do IBGE ainda revelam que as regiões Norte e Nordeste apresentam as maiores taxas de analfabetismo, com impacto mais significativo sobre mulheres negras, pardas e pessoas que vivem em áreas rurais.

Combater o analfabetismo no Brasil exige um conjunto de ações coordenadas e estratégias diversificadas que envolvem governo, sociedade civil e iniciativa privada. Algumas das principais formas de enfrentar o analfabetismo no país incluem: a expansão e Qualificação da Educação Infantil e Fundamental, Programas de Educação de Jovens e Adultos (EJA), campanhas de conscientização e sensibilização, valorização e formação continuada de professores, Políticas Públicas focadas nas regiões mais afetadas, entre outros.

O fortalecimento da educação básica é fundamental. Para isso, é necessário investir em uma educação de qualidade desde a infância. Isso inclui capacitar professores e oferecer materiais pedagógicos adequados, além de garantir a permanência dos alunos na escola. Programas como o Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC), lançado pelo Ministério da Educação, têm como objetivo alfabetizar todas as crianças até o 3º ano do Ensino Fundamental.

A educação de jovens e adultos é uma das principais estratégias para combater o analfabetismo entre a população adulta. O Programa Brasil Alfabetizado, que oferece cursos de alfabetização para adultos, é uma das iniciativas voltadas para esse público. A ampliação de programas de EJA (Educação de Jovens e Adultos) de qualidade, com metodologias que atendam às necessidades específicas dessa faixa etária, é essencial para alcançar aqueles que não puderam concluir a alfabetização na infância.

Conforme os dados do IBGE, as regiões Norte e Nordeste possuem as maiores taxas de analfabetismo. Portanto, políticas públicas direcionadas especificamente para essas áreas, como incentivos para a construção de escolas, melhoria da infraestrutura e a oferta de transporte escolar, são fundamentais. Programas de alfabetização de adultos também devem ser mais intensificados nessas regiões.

A alfabetização é um direito fundamental e a base para o aprendizado ao longo da vida. Saber ler e escrever são essenciais para o desenvolvimento cognitivo, social e econômico de uma pessoa. Além de abrir portas para oportunidades de emprego e crescimento pessoal, a alfabetização também promove a cidadania, permitindo que indivíduos participem ativamente da sociedade.

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