O Brasil bateu recorde de casos de dengue no ano de 2024, a doença atingiu 6.649.338 pessoas. De acordo com dados do Ministério da Saúde, até 28 de dezembro, o vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, causou 6.016 mortes, além de 913 óbitos que permanecem sob investigação.

Apesar do histórico ter caído a partir do segundo semestre, evitar a proliferação do Aedes e novos picos de infecção deverão ser um desafio para gestores das esferas municipal, estadual e federal em 2025.

Em visita ao país no ano passado, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom Ghebreyesus, ressaltou que um dos fatores associados à alta dos índices, foi a troca do sorotipo circulante do vírus, que passou a ser o tipo 2. “A dengue é considerada complexa por ter quatro sorotipos e a infecção por um, não exclui a possibilidade de ter a doença novamente. Outro fator foi a crise climática que elevou as temperaturas e fez com que o surto crescesse não só no Brasil, mas em escala global”.

Como medida do Plano de Ação contra a Dengue, o ministério pretende incluir e ampliar o uso de tecnologias de controle do vetor da doença, mediante a implantação de insetos estéreis em aldeias indígenas, a borrifação residual intradomiciliar em áreas de grande circulação de pessoas, como creches, escolas e asilos, além da implementação de 150 mil estações disseminadoras de larvicidas — produtos químicos utilizados para controlar as larvas de mosquitos.

Por meio das vacinas contra a dengue que serão adquiridas, a pasta informou também que, até o momento, 5,5 milhões de doses já foram enviadas aos estados e ao Distrito Federal. Contudo, ainda não há doses disponíveis em larga escala, pela limitação de produção do laboratório fabricante, sendo a eliminação dos focos do mosquito a estratégia principal do Ministério da Saúde.