Em seus 75 anos ininterruptos de pesquisas, completados em fevereiro deste ano, a Unidade Sede do Polo Sudoeste Paulista de Capão Bonito, da Agência Paulista de Tecnologia do Agronegócio (APTA), contribui para o desenvolvimento do agronegócio na região Sudoeste do Estado de Paulo.
A antiga Estação Experimental do Instituto Agronômico (IAC), de Campinas, atualmente chamada de Polo Sudoeste Paulista/APTA Regional, continua participando ativamente dos trabalhos do Instituto. Sua missão é gerar e transferir conhecimento para o desenvolvimento sustentável do agronegócio regional, focado na diversidade agropecuária.
A Unidade de Capão Bonito era uma Estação Experimental do IAC. A partir de 2002, com a reforma administrativa, tornou-se Polo e passou a intensificar os trabalhos com pesquisadores do IAC, do Instituto de Economia Agrícola (IEA), do Instituto Biológico (IB) e com empresas das cadeias do agronegócio. Sob esse novo regime, o Polo tem dez anos, mas a unidade existe há sete décadas. Ao longo desse período, foram desenvolvidas 50 variedades IAC, com participação da Unidade. Os materiais têm elevada qualidade nutricional, alta produtividade, elevada resistência fitossanitária e menor exigência hídrica.
O Polo atende 29 municípios do interior de São Paulo.
Suas atividades priorizam a diversidade do agronegócio e o atendimento ao produtor, de forma a incentivá-lo a ofertar produtos de alimentos básicos – feijão, arroz, milho, soja e cereais de inverno -, além de frutas de clima temperado e subtropical – pêssego, ameixa, nectarina, pera, uva, laranja e tangerina.
São 75 anos de ações de sucesso na pesquisa agrícola regional, no Estado de São Paulo, sempre considerando a diversidade edafoclimática dos municípios em sua área de abrangência.
A região Sudoeste do Estado é caracterizada por ser reduto clássico da pequena e da média propriedade agrícola e da produção de alimentos básicos para consumo interno.
Sob este ponto de vista, no decorrer dos 75 anos, a Unidade vem implantando e consolidando propostas de ações coletivas às pesquisas, visando melhorias das condições socioeconômicas dos produtores familiares paulistas.
Exemplos são o lançamento da variedade de triticale IAC-6 Pardal e a descoberta da presença de isoflavona no feijão, fitoestrógeno que pode prevenir doenças coronárias e crônicas, bem como ser usado na reposição hormonal pelas mulheres.
Ao todo, a unidade da APTA Regional já participou das pesquisas para lançamento de 50 variedades IAC de feijão, trigo, triticale, aveia e batata.
Os pesquisadores mantêm os trabalhos de melhoramento genético de citros, uva, feijão, milho, batata e cereais de inverno, sendo um deles o desenvolvimento de novos materiais de aveia preta, usados na alimentação animal, cobertura do solo e na integração agricultura-pecuária.
No Polo Sudoeste Paulista/APTA Regional em Capão Bonito é mantido um banco de germoplasma de aveia – coleção de plantas indispensáveis às pesquisas agrícolas com o melhoramento genético.