Aproveitando o ensejo da Semana da Padroeira de Capão Bonito, Nossa Senhora da Conceição, comentaremos brevemente sobre uma heroína da Cristandade, personagem da cidade: a Madre Helena Maria do Espírito Santo, ou do Sacramento, da Vila de Paranapanema.
A fundadora e primeira Regente do Convento da Luz, da época colonial, era de Capão Bonito, das Minas do Paranapanema. Morava na região do Rio das Almas, de Freguesia Velha. Helena Maria nasceu em Apiaí, em 22 de maio de 1736, mudando-se posteriormente para Paranapanema com seus familiares. Há relatos de que “desde muito pequena deu indícios de “sua futura santidade”. Dedicava várias horas do dia às orações, jejuava e praticava penitências contínuas, tendo seu corpo envolto em cilícios”
Com 17 anos de idade entrou Helena no Recolhimento de Santa Teresa; mas como simples servente, porque, sendo os pais muito pobres, não pôde trazer dote. Bem percebia o seu diretor que se tratava de uma alma privilegiada e por isto ofereceu-lhe mais tarde o dote necessário para ser recolhida.
Seu confessor passou a ser Frei Galvão e para ele revelou que naquele momento era possível a criação de um novo Convento. Teve papel fundamental na articulação da fundação.
Contrariando as ordens de Marques de Pombal, que desde 1764 proibira a fundação de novos conventos em terras da Coroa portuguesa, Irmã Helena, considerada religiosa de destaque na época colonial, se moveu para a fundação do convento, enviando cartas, de próprio punho, para o governador Morgado de Mateus, solicitando ajuda para a fundação do novo Convento da Luz.
Consta que Irmã Helena “soube acionar três varões ilustres da São Paulo de então. Um era seu confessor, o franciscano Frei Antônio de Sant’ana Galvão, já então merecidamente tido em conta de santo, na cidade. O outro era o Cônego Antônio de Toledo Lara, Governador do Bispado “sede vacante”, e o terceiro o Governador da Capitania de São Paulo, o fidalgo D. Luís Antônio de Sousa Botelho e Mourão.”
“Para fundar-se um convento contrariamente à lei vigente, era necessária expressa permissão do Rei. Pedi-la importaria em provocar uma recusa. Resolveram, então, a irmã Helena e os três egrégios personagens, que em sua correspondência com o Governo, D. Luís Antônio simplesmente noticiasse sua intenção de fundar tal convento. Se não ocorresse expressa proibição, entenderia ele – com santo ardil e coragem – que estava dada uma permissão tácita. E com isto cumpriria a vontade divina, lançando a fundação.”
“Depois de a Irmã Helena receber do Governador, D. Luís Antônio de Sousa, licença e a promessa de proteção para a fundação, ela e mais uma sobrinha, Irmã Ana da Conceição, recolheram-se a uma pobre casa junto à ermida existente de Nossa Senhora da Luz, onde o General entregou as chaves a Frei Galvão. Foi no dia 2 de fevereiro de 1774.”
“Associaram-se em seguida mais sete donzelas que todas, junto com a Madre Helena e sobrinha, receberam o hábito da Conceição das mãos do Bispo D. Manuel da Ressurreição a 8 de dezembro do mesmo ano de 1774.
Por determinação do Prelado, a Madre Helena fez a profissão tendo decorrido apenas oito dias e sendo oficiante o Guardião do Convento de São Francisco, Frei Fernando. A Madre chamava-se desde então Helena do Espírito Santo e o Recolhimento tomou o nome de Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Luz da Divina Providência, sendo, porém, geralmente conhecido como Convento da Luz.”
Frei Galvão deixou um livro “Vida de Madre Helena Maria do Espírito Santo, mestra e fundadora do Recolhimento da Luz – da cidade de São Paulo” onde relata momentos místicos de Helena e afirma que todos os fatos contidos no trabalho, conheceu-os o judicioso autor, ou por observação pessoal, ou por testemunhas de sua inteira confiança.
Aproveitando o ensejo da Semana da Padroeira de Capão Bonito, Nossa Senhora da Conceição, comentaremos brevemente sobre uma heroína da Cristandade, personagem da cidade: a Madre Helena Maria do Espírito Santo, ou do Sacramento, da Vila de Paranapanema.
A fundadora e primeira Regente do Convento da Luz, da época colonial, era de Capão Bonito, das Minas do Paranapanema. Morava na região do Rio das Almas, de Freguesia Velha. Helena Maria nasceu em Apiaí, em 22 de maio de 1736, mudando-se posteriormente para Paranapanema com seus familiares. Há relatos de que “desde muito pequena deu indícios de “sua futura santidade”. Dedicava várias horas do dia às orações, jejuava e praticava penitências contínuas, tendo seu corpo envolto em cilícios”
Com 17 anos de idade entrou Helena no Recolhimento de Santa Teresa; mas como simples servente, porque, sendo os pais muito pobres, não pôde trazer dote. Bem percebia o seu diretor que se tratava de uma alma privilegiada e por isto ofereceu-lhe mais tarde o dote necessário para ser recolhida.
Seu confessor passou a ser Frei Galvão e para ele revelou que naquele momento era possível a criação de um novo Convento. Teve papel fundamental na articulação da fundação.
Contrariando as ordens de Marques de Pombal, que desde 1764 proibira a fundação de novos conventos em terras da Coroa portuguesa, Irmã Helena, considerada religiosa de destaque na época colonial, se moveu para a fundação do convento, enviando cartas, de próprio punho, para o governador Morgado de Mateus, solicitando ajuda para a fundação do novo Convento da Luz.
Consta que Irmã Helena “soube acionar três varões ilustres da São Paulo de então. Um era seu confessor, o franciscano Frei Antônio de Sant’ana Galvão, já então merecidamente tido em conta de santo, na cidade. O outro era o Cônego Antônio de Toledo Lara, Governador do Bispado “sede vacante”, e o terceiro o Governador da Capitania de São Paulo, o fidalgo D. Luís Antônio de Sousa Botelho e Mourão.”
“Para fundar-se um convento contrariamente à lei vigente, era necessária expressa permissão do Rei. Pedi-la importaria em provocar uma recusa. Resolveram, então, a irmã Helena e os três egrégios personagens, que em sua correspondência com o Governo, D. Luís Antônio simplesmente noticiasse sua intenção de fundar tal convento. Se não ocorresse expressa proibição, entenderia ele – com santo ardil e coragem – que estava dada uma permissão tácita. E com isto cumpriria a vontade divina, lançando a fundação.”
“Depois de a Irmã Helena receber do Governador, D. Luís Antônio de Sousa, licença e a promessa de proteção para a fundação, ela e mais uma sobrinha, Irmã Ana da Conceição, recolheram-se a uma pobre casa junto à ermida existente de Nossa Senhora da Luz, onde o General entregou as chaves a Frei Galvão. Foi no dia 2 de fevereiro de 1774.”
“Associaram-se em seguida mais sete donzelas que todas, junto com a Madre Helena e sobrinha, receberam o hábito da Conceição das mãos do Bispo D. Manuel da Ressurreição a 8 de dezembro do mesmo ano de 1774.
Por determinação do Prelado, a Madre Helena fez a profissão tendo decorrido apenas oito dias e sendo oficiante o Guardião do Convento de São Francisco, Frei Fernando. A Madre chamava-se desde então Helena do Espírito Santo e o Recolhimento tomou o nome de Recolhimento de Nossa Senhora da Conceição da Luz da Divina Providência, sendo, porém, geralmente conhecido como Convento da Luz.”
Frei Galvão deixou um livro “Vida de Madre Helena Maria do Espírito Santo, mestra e fundadora do Recolhimento da Luz – da cidade de São Paulo” onde relata momentos místicos de Helena e afirma que todos os fatos contidos no trabalho, conheceu-os o judicioso autor, ou por observação pessoal, ou por testemunhas de sua inteira confiança.
Rafael Ap. Ferreira de Almeida, advogado