Há mais de um ano um projeto de conscientização ambiental tem despertado o interesse das crianças das escolas municipais da rede pública de ensino de Capão Bonito.
O que desperta a curiosidade das crianças, e também dos adultos, é a possibilidade de conhecer de perto um Meliponário, espaço onde são criadas abelhas. Mas não são as abelhas tradicionais, preta e amarela do gênero “Apis” que conhecemos e que possui uma picada dolorida.
Essas são abelhas nativas, brasileiras e regionais, que possuem a característica natural de não possuírem ferrão. Essas abelhas, algumas espécies conhecidas popularmente como Jataí, Mandaçaia, Mirins, entre outras, são ainda pouco conhecidas da população, entretanto possuem um papel fundamental para o equilíbrio do meio ambiente.
A iniciativa é uma parceria entre a Associação de Apicultores de Capão Bonito – AAPICAB, a empresa de proteção de cultivos Syngenta, Prefeitura Municipal de Capão Bonito através da Secretaria de Educação e Secretaria de Agropecuária e Meio Ambiente, contando também com o apoio da Fibria.
O espaço instalado dentro da sede da Associação de Apicultores recebe alunos das escolas municipais onde conhecem sobre o universo das abelhas nativas e principalmente se conscientizam do principal papel das abelhas, a polinização. Estima-se que até 72% das plantas do mundo dependem da polinização, que é o transporte de pólen de uma flor para a outra.
Na grande maioria dos casos, entre os animais poliniza-dores, nenhum é mais eficiente do que a abelha. Graças ao seu trabalho de coleta de pólen e néctar, voando de flor em flor, as abelhas polinizam as flores e promovem a sua reprodução cruzada. Além de permitir a reprodução das plantas, esse trabalho também resulta na produção de frutos de melhor qualidade e maior número de sementes.
Todo esse processo resulta na base de toda uma cadeia alimentar. Além de conhecer sobre a importância da preservação das abelhas, os visitantes têm a oportunidade de compreender sobre as diferentes espécies de abelhas nativas regionais. “De modo geral as abelhas estão desaparecendo do planeta por uma série de motivos, e esse projeto além de tentar multiplicar as colônias de abelhas, desenvolve uma ação fundamental que é conscientizar as novas gerações sobre o papel das abelhas na natureza e como preservá-las” comenta Carmo Henrique presidente da associação de apicultores.
Para os professores também é uma oportunidade de complementar o currículo escolar com um tema que é pertinente as disciplinas na sala de aula, a vivência na prática estimula o aprendizado das crianças e auxilia em atividades propostas pelos professores como, por exemplo, redações e outros trabalhos escolares sobre a questão ambiental.
Para a Secretaria de Meio Ambiente, as ações do projeto contribui para o Programa Município Verde Azul.
A meta do projeto Meliponário Educativo é atender a todas as escolas da rede municipal de ensino até dezembro deste ano. Para 2017 a proposta é ampliar as ações e atender também visitas de municípios vizinhos. Maiores informações e solicitações de visitas podem ser obtidas na Associação de Apicultores.