Apiaí recebeu a terceira oficina referente a instalação da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) na manhã de quarta-feira (4), que foi realizada na sala de reuniões do SOS (Serviços de Obras Sociais). O encontro foi organizado pela Secretaria Estadual de Saúde, em parceria com a Prefeitura de Apiaí, Núcleo de Educação Permanente (NEP), e Departamento Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba.
Estiveram presentes a secretária municipal de Saúde, Sandra Baptista Lara, a coordenadora da Atenção Básica, Thatiele Orlando, a coordenadora do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Apiaí, Francisca Helena, servidores da pasta, representantes do Hospital Dr. Adhemar de Barros e participantes de municípios da região, como Barra do Chapéu, Itaóca e Guapiara, dentre outros.
O objetivo do encontro foi discutir a construção de uma unidade de saúde mental na região, envolvendo os segmentos multidisciplinares do setor de saúde, começando da atenção básica até a saúde mental, através de eixos estratégicos ao público-alvo. A Rede de Atenção Psicossocial contará com residências terapêuticas para atender os pacientes, com a finalidade de reintegra-los a sociedade. A RAPS estará em funcionamento até o final de 2016.
Essas oficinas surgiram em decorrência da necessidade de diálogos entre as articulações de Saúde Mental, NEP e Atenção Básica, com propósito inicial de discutir o atual contexto de saúde mental nos municípios do DRS de Sorocaba. O processo se iniciou com o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecida pelo Ministério Público Federal para Sorocaba, que determina o fechamento de todos os hospitais psiquiátricos da região. Para ser possível o fechamento, os municípios de residência dos pacientes internados deveriam ser encaminhados para as RT (Residências Terapêuticas) implantadas em cada município correspondente.
Os municípios que não possuem condições técnicas nem estruturais para acolher esses pacientes, não implantaram as residências e desta forma o Estado reconhece a necessidade de implantação da RAPS. Entendeu-se finalmente que um dos maiores entraves no avanço da saúde mental é a falta de conhecimento técnico e a falta de capacitação dos trabalhadores da área, desta forma foi incluída na Educação Permanente para o SUS (Sistema Único de Saúde).
O município de Apiaí necessita de implementação da rede nos quesitos, saúde mental na atenção básica; implantação de quatro leitos psiquiátricos no Hospital de Apiaí; implantação de duas residências terapêuticas;Apiaí conta com uma unidade do CAPS (Centro Municipal de Atendimento Psicossocial) e um Ambulatório de Saúde Mental, devendo funcionar em melhores condições tendo em vista sero equipamento de referência para a RAPS.
A organização do processo de trabalho se faz necessário para que a Rede possa funcionar de forma a oferecer acompanhamento qualificado aos pacientes com sofrimentos mentais graves e ou decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas em seu território de abrangência. Como resultado das oficinas, foram discutidas e fortalecidas as parcerias entre os municípios da região.
Segundo a coordenadora do CAPS de Apiaí, Francisca Helena, essas parcerias têm como objetivos, além do fortalecimento, abrir espaços qualificados para discussões e elaboração de estratégias que melhor se adeque as necessidades.
“Uma das ações iniciais é descrever nossa demanda, fazer levantamentos e elaborar estatísticas, ou seja, quantificar nossa demanda.Estamos em plena fase de levantamento de dados, e deverão ser entregues a DRS até o dia 31 desse mês”, disse.