Como a criminalidade é organizada e não perde tempo, os maiores bancos do mundo já estão abandonando o sistema de senhas para se valerem da biometria. As senhas tradicionais são complicadas e vulneráveis. Por isso a utilização de impressões digitais, reconhecimento facial, voz e outros recursos biométricos. Já são milhões de correntistas dos grandes bancos que acessam suas contas por meio de celulares. A tendência é a ampliação do uso de instrumentos propiciados pelas tecnologias da informação e da comunicação, para facilitar a circulação de valores e de serviços.
Outras empresas também iniciaram a migração de seus processos tradicionais para a área da biometria. O reconhecimento ocular permite que acionistas façam transferência de milhões de dólares. Quase um milhão de clientes de cartões de crédito consegue fazer operações mediante a identificação de sua voz.
O reconhecimento facial é empregado para tratar de serviços bancários e de seguros para militares dos Estados Unidos.
Centenas de milhões de endereços de e-mail, número de telefones, senhas, já caíram em poder da bandidagem.
A violação de dados e a ação de hackers trouxe imensa insegurança a todos os mercados. A biometria está disponível há muito.
Mas o custo da tecnologia para viabilizar o acesso a milhões de celulares impedia a sua disseminação. Hoje, quase todos os modelos de IPhone de última geração possuem tela de toque hábeis a identificar as impressões digitais. Caminha-se rumo à identidade biométrica, muito mais confiável, porque baseada em marcas de identificação física em regra definitivas.
A dúvida dos usuários é a respeito do armazenamento dos dados. Os bancos não mantêm arquivos das impressões digitais, das vozes e das faces dos clientes. Preferem armazenar nos “templates”, sequências nu-méricas longas e complexas.
Ninguém pode garantir que os infratores também não descubram o segredo. Mas o desenvolvimento de salvaguardas adicionais está a caminho. Enfim, segurança absoluta não existe. Mas a luta é chegar à segurança possível. Morte às senhas!
José Renato Nalini, secretário da Educação do Estado de São Paulo