Os acusados de terem cometido crime bárbaro que chocou o município de Capão Bonito no ano de 2015, foram condenados no último mês de março em júri popular realizado pelo Poder Judiciário no Fórum de Capão Bonito.
De acordo com o Ministério Público da Comarca, que trabalhou na acusação juntamente com a Polícia Civil, os homens identificados como M.D.V. e G.P.C.O., foram condenados por matarem Jurandir Bento de Arruda, de 51 anos, e Jeferson Pereira de Arruda, de 24 anos, – pai e filho, respectivamente – e tentarem matar Cleonice Aparecida dos Santos Arruda, de 45 anos (esposa de Jurandir e mãe de Jeferson), no bairro Boituva, zona rural de Capão Bonito, em outubro de 2015.
Os acusados, que estão presos desde o mês em que aconteceu o crime, foram condenados à reclusão a ser cumprida inicialmente em regime fechado, pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e corrupção de menores.
A pena de M.D.V. é de 62 anos, 06 meses e 28 dias, e de G.P.C.O, é de 52 anos, 01 mês e 23 dias. Mais duas pessoas participaram do crime: C.P.C.O., que na época era menor de idade, foi encaminhado para a Fundação Casa e a outra não foi identificada.
Ainda de acordo com o Ministério Público, no último mês de abril, os acusados recorreram da decisão, pedindo novo julgamento e o Tribunal de Justiça decidirá se acontecerá ou não.
O caso
Segundo a denúncia realizada pelo Ministério Público, no dia 02 de outubro de 2015, a propriedade de Jurandir foi furtada, sendo que o mesmo tomou conhecimento de que G.P.C.O e seu irmão C.P.C.O. eram os prováveis autores do crime e que os objetos estariam na casa de M.D.V.
Jurandir e o filho Jeferson foram até a casa de M.D.V. para esclarecer o fato. Inconformado, M.D.V., juntamente com os supostos autores do furto e mais uma pessoa não identificada resolveram se vingar e decidiram matar Jurandir e toda sua família – esposa Cleonice, filho Jeferson e neto Cristian, de apenas sete anos de idade na época.
Na manhã do dia 12 de outubro de 2015, quando a família saia da propriedade com destino a Sorocaba – onde residiam -, os quatro acusados renderam as vítimas.
Jurandir foi assassinado no local, Jeferson, após entrar em confronto corporal com os acusados também foi morto; Cleonice foi esfaqueada, mas conseguiu fugir, juntamente com o neto Cristian, e foram socorridos.
A Polícia Militar compareceu ao local e encontrou o carro da família abandonado na estrada.
O corpo de Jeferson estava no banco do motorista e o de Jurandir na carroceria.
Os acusados fugiram, mas no dia 16 de outubro de 2015, G.P.C.O. e C.P.C.O. foram localizados e detidos na cidade de São Paulo, e M.D.V. apresentou-se à Polícia Civil em 23 de outubro do mesmo ano.
O caso foi amplamente divulgado pela imprensa da região e a sua elucidação de forma rápida foi elogiada pela opinião pública. Depois do assassinato alguns moradores acabaram deixando o bairro que fica distante da sede do município por sentirem-se inseguros.