A Câmara Municipal de Capão Bonito, atualmente presidida pelo vereador Matheus Francatto (PR), realizou sessão solene na última segunda-feira, dia 12, para a entrega oficial das obras de reforma, ampliação e modernização de sua sede. Ainda na solenidade foi entregue a honraria de Título de Cidadão Capão-bonitense aos padres Cícero Martins, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Marcos de Campos, da São Paulo Apóstolo, e Juliano Mendes de Oliveira, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida.
A sessão solene também prestou homenagens ao decano da Casa de Leis, vereador Abner Batista da Silveira, recordista de mandatos legislativos, e ao saudoso músico e farmacêutico Donizete Cacciacarro.
O evento também contou com a presença de autoridades da região como a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB), do prefeito Julio Fernando, do vice-prefeito e prefeito eleito Marco Citadini, do presidente da Câmara de Ribeirão Grande, Luiz Abobrinha (PDT), do vereador Preto do Bairro de Cima, de Itapeva e de representantes de diversas entidades sociais e associações de classes profissionais.
Durante a cerimônia houve apresentação artística do grupo Ministério Fé Maior e do quarteto musical Virado à Paulista e uma interpretação do vereador Célio de Melo do Hino de Capão Bonito, de autoria do maestro Edmundo Cacciacarro, pai de um dos homenageados da noite, Donizete Cacciacarro.
Obras
As obras de reforma e ampliação da Câmara Municipal começaram no mês de maio, depois de um minucioso estudo técnico e de engenharia para a avaliação das necessidades estruturais da sede do Poder Legislativo.
De acordo com o relatório assinado pelo corpo técnico da Secretaria Municipal de Planejamento, um dos principais problemas se concentrava no telhado e no sistema de tubulação das águas pluviais. “A dimensão da tubulação não atende o volume de águas pluviais e isso gera problemas de goteiras e alagamento na repartição interna”, apontou o documento.
Outro relatório de engenharia apontou problemas graves no sistema elétrico que apresentava riscos constantes de choque devido às fiações improvisadas junto com a estrutura metálica, além de outras improvisações que não atendiam as normas de segurança exigidas e recomendadas pelas leis vigentes do país.
Toda a estrutura do telhado também estava comprometida há anos. As calhas implantadas anteriormente eram subdimensio-nadas e não suportava a quantidade de águas captadas, principalmente, em períodos de chuvas fortes. “Em dias de chuvas fortes, o sistema de calha não suportava e as águas transbordavam e invadiam toda a cobertura dos forros”, diz o relatório de engenharia.
A equipe técnica também encontrou problemas na funcionalidade dos exaustores e irregularidades na implantação de mantas térmicas. Além disso, o prédio da Câmara Municipal não oferecia acessibilidade aos portadores de deficiência. “Não tínhamos banheiros para deficientes e nem acesso ao piso principal e piso superior, que também possui vários gabinetes de atendimento dos vereadores”, explicou Matheus Francatto.
A Câmara Municipal também possui novo acesso, com entrada através da rua das Amoreiras, e um amplo estacionamento adequado em uma área desapropriada pelo município. “Com esse novo acesso, fechamos a antiga entrada do lado da rodovia e ofeceremos mais segurança aos funcionários e à população que procura os serviços da Câmara Municipal”, falou o presidente Matheus.
Polêmica
Apesar da necessidade estrutural e de segurança, as recentes obras na Câmara Municipal geraram polêmica na cidade. Um grupo de políticos ligado ao vereador Paulo Cecap, do PP e opositores ao atual presidente Matheus Francatto, abandonou a questão técnica e de engenharia das obras e as transformaram numa arma política-eleitoral em retaliação ao projeto de lei que evitou o aumento do salário dos vereadores, secretários, prefeito e vice, e que foi assinado pelo próprio presidente do Legislativo e pelos vereadores Carlos Chaves (PMDB), Nino Nunes (PTB) e Joaquim Junior (PR).
Após a aprovação do fim do aumento dos salários aos agentes políticos, o grupo opositor orquestrou uma ação para afetar a imagem política de Francatto ao elaborar um vídeo com argumentos de que a reforma não seria necessária e inclusive, induzindo a população a uma falsa interpretação voltada à tese de “desperdício do dinheiro público”.
“Não revidei em nenhum momento, pois sabia que estava agindo de forma correta e institucional. Não obtive nenhum prejuízo ou vantagem eleitoral com a reforma da Câmara, mas como presidente, jamais poderia ser omisso diante dos problemas graves que encontramos em toda a estrutura física do prédio. Hoje, todos podem ver a diferença, independente da questão partidária”, disse Francatto.