Campanha de vacinação contra febre aftosa tem início

Devem ser imunizados bovinos e bubalinos com idade entre 0 e 24 meses; prazo em São Paulo termina em 30 de novembro

A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa no Estado de São Paulo teve início. Nesta etapa, deverão ser vacinados os bovídeos (bovinos e bubalinos) com idade entre zero e 24 meses.
O prazo para imunização se encerra no dia 30 de novembro, informa a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado.
De acordo com o médico veterinário Luciano Lagatta, diretor do Grupo de Defesa Sanitária Animal, da Coordenadoria de Defesa Agropecuária, órgão da Pasta, que coordena a campanha no Estado, “a expectativa é de que sejam vacinados 4,6 milhões bovídeos que estão dentro desta faixa etária”.
Apesar das medidas de combate ao novo Coronavírus que ainda estão sendo realizadas, as atividades relacionadas à imunização contra as doenças que apresentam alto impacto comercial e em saúde animal, como a febre aftosa, devem ser mantidas.
“É importante que os proprietários de bovinos e bubalinos busquem adotar medidas que minimizem o contato social para adquirirem as doses da vacina, entrando em contato com as revendas por telefone ou outro meio de comunicação à distância e agendando, quando possível, a entrega diretamente na propriedade rural”, orienta o médico veterinário Adriano Macedo Debiazzi, que junto à Coordenadoria responde pelo Programa Estadual de Controle e Erradicação da Febre Aftosa.
Como vacinar
A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados junto à Coordenadoria de Defesa Agropecuária. Isso porque todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a etapa da campanha é cadastrado pela revenda no sistema informatizado Gedave.
No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador.
A legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores.
A vacina, que nunca pode ser congelada, deve ser mantida entre 2 e 8 graus Celsius, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com dois terços de seu volume em gelo para que a vacina não perca sua eficácia.
Para realizar a vacinação deve ser escolhido o horário mais fresco do dia, classificando os animais por idade e sexo, para evitar acidentes.
Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro).
O local da aplicação é no terço médio do pescoço (tábua do pescoço) por via subcutânea (abaixo do couro). Independentemente da idade, a dose é de 2 ml de vacina.
As agulhas devem ser substituídas com frequência (a cada 10 animais), para evitar infecções e os frascos devem ser mantidos resfriados durante a operação.
Prazo
O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, de 1º a 30 de novembro. É preciso comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave até o dia 7 de dezembro.
É preciso declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais co-mo equídeos (equinos, asininos e muares), suídeos (suínos, javalis e javaporcos), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
A vacinação é obrigatória. Deixar de vacinar e de comunicar a vacinação sujeita o criador a multas de 5 Ufesps (138,05 reais) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (82,83 reais) por cabeça por deixar de comunicar. O valor de cada Ufesp – Unidade Fiscal do Estado de São Paulo é 27,61 reais.

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