A política já foi um tema saboroso em nossa terrinha. Hoje em dia, está cada vez mais tóxico debater o assunto com serenidade e respeito. As ofensas prevalecem diante de algo tão precioso que são as relações humanas.
Como é bom se relacionar com as pessoas, ser do bem e produzir algo positivo. Enquanto se discutem, quase como cães, a política nacional, são nas cidades que as coisas estão acontecendo.
Enquanto defendem o Lula ou o Bolsonaro nas rodas de conversa, ambos poucos fizeram pelas cidades. Deixaram o pacto federativo de lado e as localidades municipais continuam dependentes de emendas parlamentares ou propostas voluntárias.
São recursos necessários, mas paliativos. A cada R$ 100,00 que se arrecada na União, apenas R$ 13,00 chegam às cidades, que são as responsáveis pela Saúde, Educação, Infraestrutura, Políticas Sociais, enfim.
Para avançarmos, necessitamos de um olhar transformador. Numa visão institucional, estamos patinando há 30 anos e insistindo em uma mesma filosofia no Paço Municipal João Pereira dos Santos Filho.
Peguei Covid e fiquei 50 dias trancado em casa e refleti sobre muita coisa que sequer prestava atenção no corre-corre do dia-a-dia. Conseguir enxergar a cidade como “cidade”, é sem dúvida, uma evolução como pessoa.
Gostaria de acreditar nesse grupo de lideranças que hoje governam a cidade, mas já tiveram bons anos no comando e nada prepararam além do feijão com arroz.
Minha fé e esperança está na nova geração de capão-bonitenses que vem surgindo, desprendidos de preconceitos, alinhados à tecnologia e preparados para aprender sobre todos e quaisquer temas.
A cidade está recheada de oportunidades e a transformação será puxada pela sociedade civil, pelos jovens que mergulham no empreendedorismo e por algumas raras lideranças experientes desprendidas de vaidade.
É hora de se conectar e transformar nossas potencialidades em emprego e renda. Bora!
Francisco Lino é jornalista.