Elevatória da Sabesp despejou esgoto em córrego de Capão Bonito

O jornal O Expresso recebeu no começo desta semana uma denúncia de moradores do Jardim Alvorada de que havia um cheiro estranho nas proximidades da Estação Elevatória de Esgotos da Sabesp que fica na parte baixa do bairro urbano capão-bonitense.

A reportagem foi no começo da semana até a EEE (Estação Elevatória de Esgotos) e constatou um mau cheiro no córrego que fica atrás da Elevatória e pôde constatar também um grande volume de água, que parecia ser suja, saindo da estação e sendo despejada no córrego que fica bem no fundo do bairro.

O córrego em questão é denominado córrego da Biquinha e o local onde estava sendo feito o despejo irregular de esgoto está numa área verde onde a prefeitura fez uma recuperação ambiental há anos com o plantio de várias mudas de árvores nativas.

Segundo informações levantadas pela reportagem de O Expresso, o córrego desemboca em outro rio menor que abastece a bacia existente no bairro Água Amarela, que depois passa a ser afluente do rio das Almas, de onde a própria Sabesp faz captação de água para ser tratada e fornecida para as cidades de Capão Bonito e Ribeirão Grande.

O Expresso mostrou o vídeo feito no local no começo desta semana para ex-funcionários de empresas de saneamento básico que têm experiência nesses serviços e recebeu a informação de que deve ter ocorrido uma falha nas bombas da estação elevatória que deveriam mandar o esgoto para a rede que leva todo o esgoto da cidade até a ETE (Estação de Tratamento de Esgotos) que fica na Vila Aparecida. Segundo esses especialistas, as estações elevatórias, como a do Jardim Alvorada, bombeiam o esgoto das partes baixas da cidade para que sejam enviados para a rede que leva até a estação de tratamento.

Questionados pelo O Expresso sobre se este tipo de problema ocorreu devido as mudanças no sistema de manutenção da Sabesp, que foi recentemente privatizada, os especialistas disseram que antigamente a concessionária tinha uma estrutura de manutenção e de fornecimento de equipamentos eficazes, mas não souberam informar se isto foi alterado com a privatização da empresa, mas que com certeza houve demora em trocar ou recuperar as bombas que deveriam não estar funcionando e ocasionaram o despejo de esgoto no córrego.

O jornal O Expresso levou a denúncia para assessoria de comunicação da Sabesp, mas até o fechamento desta edição não havia recebido nenhuma resposta. Se eventualmente chegar alguma nova informação a matéria será atualizada.

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