Na edição desta semana, o jornal O Expresso entrevista a prefeita Eliana Santos Silva, que está em seu terceiro mandato no comando do Executivo de Ribeirão Grande.
A atual gestora assumiu a Prefeitura num dos momentos mais difíceis da história do município, com a paralisação da produção de cimentos da CCRG (Companhia de Cimento Ribeirão Grande), demissões também na CBE Nassau e uma acentuada queda na arrecadação da receita municipal, o que a levou a criar dois programas em menos de 1 ano para Pedido de Demissão Voluntária.
Acompanhe abaixo a entrevista completa.
O Expresso – Quais foram as principais ações nesse primeiro ano de mandato?
Eliana – A meta número um foi colocar a casa em ordem. Encontramos uma prefeitura com muitas dificuldades, desde a questão de pessoal até gastos desnecessários.
Além disso, estamos enfrentando um dos piores momentos da nossa história devido à queda na arrecadação, principalmente com a paralisação da fábrica de cimento da CCRG, que diminui drasticamente a cota parte do nosso ICMS. Mas não temos apenas que chorar, trabalhamos bastante em busca de recursos junto ao governador, aos deputados e ministros. Estamos com a folha de pagamento em dia, adiantamos o 13º e os fornecedores estão recebendo direitinho.
Além disso, colocamos como prioridade a melhoria no atendimento na Saúde.
Reformulamos todo o sistema e os resultados já estão aparecendo com a aprovação da população.
OE – Durante a campanha, muito se falou em criar alternativas de geração de emprego tendo em vista a paralisação da fábrica de cimento. O que foi feito nesse sentido?
Eliana – Ainda acreditamos na retomada na fábrica da CCRG e até mesmo na sua venda para outro grupo do setor, mas isso depende do aquecimento do mercado da construção civil no país. Por isso, estamos trabalhando para desenvolver outras cadeias produtivas na cidade e apesar de muita gente não acreditar, o Turismo será a nossa grande vocação econômica.
Conseguimos num prazo recorde elaborar o nosso Plano Diretor de Turismo e fomos um dos municípios contemplados no MIT (Município de Interesse Turístico) do Governo de São Paulo, e com isso, a cidade terá uma verba especial para investir no setor e criar novas alternativas de emprego, mas para isso, precisamos da colaboração de todos, desde moradores, produtores e comerciantes. A cidade precisa estar unida nessa questão.
OE – No governo anterior, a Saúde foi um dos setores que mais gerava reclamação da população, chegando, inclusive, a faltar medicamentos. Como você reorganizou a Saúde?
Eliana – Fizemos a lição de casa. Cortamos gastos desnecessários, acabamos com os desperdícios e demos um verdadeiro choque de gestão na Saúde. Em pouco tempo, viramos referência para a DRS de Sorocaba na questão de Atenção Básica.
Hoje, está tudo bem organizado, a população está sendo bem atendida e recebendo direitinho os medicamentos, principalmente os controlados, e temos ainda horários especiais de atendimento. Além disso, acabamos de implantar a quarta equipe do programa ESF e vamos avançar ainda mais com muito trabalho e dedicação de toda a nossa equipe.
OE – O que mais você destaca nesse primeiro ano do seu novo mandato?
Eliana – Apesar de todas as dificuldades, tenho que agradecer bastante, pois conquistamos muita coisa para Ribeirão Grande e estamos mantendo todos os programas e projetos do município.
Temos obras no Beiro Rio, com calçamento e drenagem, no Jardim São Paulo com calçamento perto da nova creche.
Obras de infraestrutura na raia e muito serviço de manutenção de estradas e pontes.
Estamos também aguardando a liberação de outras verbas para reformar a ponte do Queiroz e Lagoa. Temos ainda algumas vagas previstas para o início deste ano no programa Frente de Trabalho Paulista.
Ribeirão Grande ainda foi contemplada no programa Criança Feliz, um apoio importante às famílias com gestantes e recém-nascidos. Vamos implantar ainda novos cursos no Fundo Social, com apoio do Fundo So-cial do Estado e temos ainda uma nova retroescavadeira para receber da Secretaria de Meio Ambiente.
Inauguramos uma nova praça, a do Encanados, junto com o lançamento do projeto turístico “300 anos das Minas do Paranapanema.
Entregamos, junto com o Itesp, 26 títulos de propriedade, que é o documento da casa. Também solicitamos muitos recursos em 2017 através de emenda parlamentar de diversos deputados e torcemos muito para que essas verbas sejam liberadas ainda em 2018. Enfim, junto com a minha vice-prefeita Preta e toda a nossa equipe, trabalhamos muito e vamos continuar nesse ritmo pela nossa querida cidade de Ribeirão Grande.