Em áudio, vereador de Capão Bonito fala de direcionamento de licitação

Em novo áudio enviado ao Jornal O Expresso e publicado esta semana, o vereador Fio Londrina fala claramente ter preferência por uma empresa num processo licitatório.

No diálogo em que é possível perceber a presença de outros vereadores, no caso Neto da Farmácia e Neto Tallarico, o vereador do PSD praticamente monopoliza a conversa e fala sobre o processo licitatório para reforma da Câmara de Capão Bonito, ocorrido em 2018, quando Fio Londrina era presidente da Casa de Leis.

No áudio fica claro que o vereador tentou direcionar a licitação para empresa Constrói de Ribeirão Grande, que acabou perdendo a disputa para a empresa TPD, que era do ex-presidente do Elosport, falecido na pandemia de Covid, Irineu Gonzales.

O vereador chega a relatar que pediu para o advogado da Câmara, dr. Vlademir Tadeu Gonçalves, que achasse uma brecha para anular a primeira licitação para que a empresa de seu amigo Tino vencesse a licitação no valor de cerca de R$ 500.000,00 para construção do estacionamento da Câmara e reforma em parte do prédio do Legislativo.

O áudio, em sua íntegra, está sendo publicado no site, no Facebook e no Instagram de O Expresso, e nele é possível somente identificar uma fala pequena do vereador Neto da Farmácia e dá a entender que o vereador Neto Tallarico, chamado de Netinho, também estava presente. Na conversa, o vereador também cita o ex-vereador Adinan da Laranja, que o sucedeu na presidência do Legislativo e que, segundo Fio, teria investigado tudo de seu período na presidência.

Procurada pela reportagem, a Câmara de Capão Bonito, para esclarecer o processo licitatório, afirmou que foi feito tudo dentro da lei e que a documentação sobre a obra está à disposição do jornal e da população, a resposta do Legislativo diz ainda que não pode responder pelas declarações de Fio Londrina.

O ex-presidente da Câmara, Adinan Martins, ouvido pelo O Expresso, disse que realmente mandou apurar denúncias que chegaram do período em que Fio Londrina foi presidente da Câmara, pois isto era sua obrigação e que em relação a obra feita pela TPD não houveram questionamentos e que se houvessem ele teria determinado apuração tudo dentro da lei.

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