No último domingo aconteceram as eleições municipais em todo o país, foram mais de 5 mil municípios que escolheram seus futuros representantes para o Legislativo e para o Executivo.
Mais uma vez a festa da democracia ocorreu e felizmente sem muitas ocorrências de violência e com a oportunidade para que a população pudesse escolher livremente seus preferidos para comandar dois poderes dos mais importantes de nosso sistema federativo.
Ao serem abertas as urnas pôde se reverificar em todo o Basil que os candidatos à reeleição por todo o território nacional tiveram grande vantagem sobre seus adversários, tanto que levantamento feito pela grande imprensa apontou que dos candidatos ao Executivo que tentaram a reeleição, 81% deles tiveram êxito na disputa do último domingo.
Isso certamente se deve aos últimos anos onde os governos estaduais e o governo federal despejaram dinheiro nas prefeituras em emendas e convênios, que possibilitaram que as prefeituras fizessem inúmeras obras.
Na nossa região ficou claro que os candidatos à reeleição surfariam na mesma onda da reeleição brasileira, mas alguns recados foram passados pelas urnas soberanas.
Em Ribeirão Grande, o atual prefeito foi tão bem avaliado que a oposição sequer lançou um candidato para enfrentá-lo e, além disso, ele teve ótima votação mesmo concorrendo sem adversários. Já em Capão Bonito, apesar dos muitos recursos e do uso da máquina, o atual prefeito conseguiu se reeleger, mas não obteve mais de 50% dos votos da eleição.
O prefeito capão-bonitense vai governar os próximos 4 anos sabendo que 55% dos eleitores reprovaram seu governo e decidiram votar em outros candidatos no domingo passado, portanto, mesmo com muitas obras e muito dinheiro no caixa da prefeitura, terá que começar um novo governo com a maior parte da população reprovando sua administração.
Um bom político deve entender o recado das urnas e mesmo que tenha tido uma vitória eleitoral, tem que entender quando essa vitória numérica pode representar uma derrota política.
Estamos repletos de casos de políticos que perderam a humildade, se tornaram arrogantes e se sentindo invencíveis, mas muitos deles terminaram suas carreiras de forma melancólica.
Que o recado das urnas seja entendido pelos que foram derrotados, mas principalmente para aqueles que saíram vencedores, pois a população ao seu modo mostra o que está pensando na hora de votar e os que têm juízo assimilam o recado das urnas para que sejam sempre melhores.