Com atraso em obras de reforma, Secretaria de Educação improvisou salas de aula em salão da Paróquia São Paulo Apóstolo
A falta de planejamento na Secretaria Municipal de Educação está prejudicando diretamente o ano escolar de alunos da escola municipal Maria da Conceição Lucas Mieldazis.
Devido ao atraso nas obras de reforma da unidade escolar da Vila São Paulo, uma das maiores do município, alguns alunos foram transferidos para um espaço inadequado e improvisado no salão da Paróquia São Paulo Apóstolo e outra parte dos estudantes ainda permanecem com aulas remotas, mesmo com o decreto do Executivo Municipal retornando com 100% das aulas presenciais.
Indignados com a situação, pais e mães de alunos da escola Mieldazis se reuniram nesta semana para buscar uma solução para o improviso proposto pela Secretaria Municipal de Educação aos alunos afetados pelo atraso nas obras de reforma.
O clima esquentou na reunião, e para alguns pais, é inaceitável levar o filho para estudar num local “impróprio”. “Ficaram o ano todo de 2021 sem aulas e será que não deu tempo de se planejar melhor. Corta o coração ver o um filho estudando num ambiente totalmente improvisado em pleno ano de 2022”, disse uma mãe.
Em outra reunião, o diretor de Educação Varani Balthazar, afirmou que os alunos do ciclo II do Ensino Fundamental da escola Mieldazis, que atualmente ainda permanecem em aprendizagem remota, retornariam às aulas presenciais, porém, a previsão do dirigente educacional não se efetivou, e provavelmente, a entrega das obras ainda está longe de acontecer.
Outra complicação pode estar no cumprimento legal do ano escolar por parte dos estudantes que ainda permanecem com aulas remotas. Alguns educadores entendem que não há amparo legal para a permanência de aulas on-line. “Entendo que não poderiam optar pelas aulas remotas pela justificativa de reforma. O mais correto seria alugar um espaço adequado e com o devido planejamento antes do início das aulas. A Secretaria da Educação pode ter problemas para validar o ano letivo desta forma”, explicou um professor que manter seu nome em sigilo prevendo possíveis retaliações.