REPORTAGEM D’O EXPRESSO
A Fibria inaugurou na manhã de ontem, dia 18, sua nova sede administrativa em Capão Bonito com a presença de autoridades locais como o prefeito Julio Fernando, o vice-prefeito e prefeito eleito Marco Citadini, o presidente da Câmara Municipal, vereador Matheus Francatto, e o diretor de Operações da reflorestadora, Ayres Galhardo.
A empresa, que é líder mundial na produção de celulose de eucalipto, afirmou em nota enviada à imprensa que o objetivo da transferência de escritório da fazenda para a região urbana é o de “facilitar a interação da Fibria com seus públicos de relacionamento”. A Fibria entende ainda que a mudança deve contribuir com o fortalecimento do comércio de Capão Bonito.
“Mais próxima ao centro, possibilitará que os empregados utilizem o comércio local com mais frequência, pois diariamente farão suas refeições nos restaurantes da cidade, contribuindo assim, com a economia local. Além disso, para a adequação das instalações do novo prédio, foi priorizada a contratação de empresas da região”, disse a assessoria de imprensa em nota.
Outro avanço importante apontado pela empresa está na funcionalidade da nova sede e na cultura organizacional de atendimento e ambiente de trabalho.
“A mudança traz, ainda, melhoria nas condições de trabalho da equipe Fibria. A nova sede foi pensada a partir do mais moderno conceito para escritórios corporativos, com ambiente moderno e funcional, priorizando a integração entre os empregados, em seus mais diversos níveis hierárquicos. O objetivo é promover a sinergia entre as equipes, motivando um ambiente colaborativo, no qual a criatividade e o relacionamento interpessoal devem fluir de forma mais natural”, apontou.
A transferência também pode ser considerada uma ação estratégica para combater a crise econômica que atravessa o país e atinge diretamente a classe empresarial. Com a sede na região urbana, a Fibria gera uma economia considerável em despesas com transporte e refeição do seu quadro de funcionários.
A Fibria
A história da Fibria com Capão Bonito começou ainda na década de 60, com a aquisição de terras no município pelo patriarca da família Ermírio de Moraes, José Ermírio de Moraes, fundador de um dos maiores grupos empresariais do país, o Grupo Votorantim.
O grupo atuou em diversas atividades econômicas na cidade, inclusive foi protagonista de um polêmico fato ocorrido em fornos de carvão na década de 80 e que foi explorado pelos adversários políticos do então candidato a governador de São Paulo, Antônio Ermírio de Moraes, nas eleições estaduais de 1986.
A atuação do grupo Votorantim em Capão Bonito já teve várias denominações jurídicas, entre elas a VCP (Votorantim Celulose e Papel), que ganhou as páginas da imprensa nacional pela imensidão de hectares voltados ao cultivo de eucalipto no município. Na época, início de 2000, a Prefeitura e a Câmara Municipal chegaram a articular a criação de uma Lei Municipal proibindo a expansão do cultivo de eucalipto.
A medida foi revista após novas negociações com a empresa. Com o surgimento da Fibria, iniciou-se uma nova política de relacionamento com Capão Bonito, consolidada em diversas ações sociais que já somam cerca de R$ 18 milhões e ao se aproximar da população com a transferência de sua nova e moderna sede, localizada na rua dos Eu-caliptos, Embiruçu, na entrada da cidade.
Hoje, a Fibria explora 18,5% do total de áreas agricultáveis no município, gerando na região, 200 empregos diretos e 800 indiretos.
A receita liquida da Fibria no terceiro trimestre de 2016 foi de R$ 2,3 bilhões, com um lucro estimado de R$ 32 milhões, acumulando desta forma um lucro de R$ 1,7 bilhão nos nove meses deste ano.