Esta semana com o país tendo grandes discussões voltadas para a compra e produção de vacinas para combater a pandemia de Coronavírus, o presidente da República criou mais uma crise sem necessidade principalmente no momento em que o país e o mundo vivem.
O presidente Bolsonaro comemorou a liberação de taxas de importação para armas produzidas em outros países e que poderão a partir de 2021 serem adquiridas pelos brasileiros sem nenhuma sobretaxa. A liberação beneficia armas como revolveres e pistolas, que teoricamente servem para que a população possa se armar e contraria a indústria nacional.
É muito estranho num momento em que todos deveriam estar focados no combate a pandemia que o presidente da República comemore o fim da taxação de armas importadas.
Tudo bem que Bolsonaro já havia declarado que se empenharia para que a população pudesse se armar, pois entende que desta forma o país poderá se manter dentro de uma democracia. Esta é uma tese que não tem muito sentido, pois na grande maioria do mundo as autoridades lutam para diminuir o acesso do cidadão às armas de fogo, mas se essa é a tese dele e ele tem todo direito de defendê-la já que foi eleito pela maioria da população, pode levar adiante seus projetos de facilitação em armar os brasileiros.
O que está sendo criticado e com razão, é que o foco neste momento em todo o mundo é a busca por soluções para se imunizar as pessoas contra o Coronavírus. Todos os governos dos países mundo afora estão preocupados em como terão e como farão a vacinação dos seus cidadãos e aqui o nosso presidente mesmo tendo o país milhares de mortos continua com sua tese negacionista achando que a pandemia é somente uma gripezinha.
Como nossa autoridade maior, ele deveria focar era no sentido de acabar com as divergências entre o governo federal e o governador de São Paulo, João Dória, sobre a aprovação e o uso da vacina que vai ser produzida pelo Instituto Butantan com o governo paulista.
Ao invés de ficar tendo um embate político com o agora declarado seu adversário Dó-ria, o presidente deveria focar no combate a doença que tem causado sérios problemas para saúde dos brasileiros e também para a economia do país.
O que todos precisam neste momento é um governante centrado e que pense exclusivamente em como vai proteger os seus cidadãos para que todos possam voltar a ter uma vida normal o mais rápido possível.
Os outros temas devem ser analisados e discutidos, mas no momento apropriado e quando as tarefas mais relevantes forem vencidas. Assim agem os grandes líderes mundiais e os governantes de bom senso.