Suspensão foi aprovada pelo Conselho de Ética da Alesp e agora será submetida ao Plenário para decisão definitiva
O deputado estadual Frederico D’Ávila teve seu mandato suspenso por três meses pelo Conselho de Ética da Assembleia Legislativa por ataques feitos às lideranças católicas durante pronunciamento na Casa de Leis Estadual.
Em outubro do ano passado, Frederico D’Ávila discursou na Alesp e repudiou as atividades da “via campesina e MST” e extrapolou nos xingamentos contra o bispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes e nas ofensas ao Papa Francisco e presidente da CNBB. “Vagabundo, safado da CNBB, dando recadinho pro presidente e pra população brasileira, que pátria amada não é pátria armada. Pátria amada é pátria que não se submete a essa gentalha (…) seu safado, que se submete a essa Papa vagabundo também”, disparou D’Ávila.
A representação no Conselho de Ética da Alesp contra Frederico D”Ávila foi apresentada pelo deputado Emídio de Souza (PT) e também pela deputada Marina Helou (Rede). Agora, o parecer será submetido a Plenário, que decidirá definitivamente pela eventual punição do parlamentar. O documento pede o afastamento por três meses, mas deputados — como é o caso de Emídio — defendem que a suspensão seja mais dura, de no mínimo seis meses.
O Conselho de Ética da Alesp já havia recebido outras quatro representações contra o parlamentar do PSL, protocoladas por seis diferentes deputados. A Conferência Nacional de Bispos do Brasil também enviou uma carta à presidência da Casa, cobrando punição a D’Ávila.
As ofensas de D’Ávila aos líderes católicos foram rebatidas pelo bispo diocesano de Itapeva, Dom Arnaldo Carvalheiro. No meio político, apenas o ex-prefeito Marco Citadini e o ex-vereador Heitor da Gelsa, repudiaram os ataques do deputado estadual do PSL, que tem como principal aliado na cidade, o atual prefeito Julio Fernando, que se calou diante da polêmica.