A Polícia Técnica do Estado de São Paulo, ligada à Polícia Civil, apontou em laudos enviados ao Inquérito Policial que investiga o caso da tentativa de compra de apoio do vereador Daan Cabeleireiro, do MDB de Capão Bonito, pelo também vereador Fio Londrina com a orientação do secretário municipal de Governo, José Toshio Saito, que os áudios e vídeos apresentados no processo não sofreram nenhum tipo de corte ou edição.
Além do áudio original que embasou matéria deste semanário, apresentado voluntariamente pela direção do Jornal O Expresso, há também no processo vídeos de programas transmitidos pela internet e também do programa Terra Abençoada, que é transmitido pela rádio Panema FM Comunitária, onde há falas do prefeito Júlio Fernando em que assume que o áudio era do final de 2022 e do vereador Fio Londrina afirmando que o áudio era verdadeiro e de que era sua voz. Estes vídeos foram apresentados no processo pela testemunha, Heitor da Gelsa, para mostrar que o próprio vereador Fio Londrina tinha assumido que não havia adulteração do áudio e de outro onde o prefeito assume ter conhecimento do áudio e que ele era de meses anteriores à publicação da matéria.
O último laudo da Polícia Técnica foi feito em 16 de abril de 2024 e o caso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil que deverá posteriormente encaminhar o relatório final para o Ministério Público que deverá tomar as medidas cabíveis.
Em tese, o secretário de Governo, José Toshio Saito, e vereador Fio Londrina estão sendo investigados por terem praticado crime de corrupção ativa ao tentarem comprar o vereador do MDB, que é o único que faz oposição ao atual governo municipal na Câmara. Posteriormente à divulgação do áudio, o vereador Fio Londrina disse em entrevistas para programas de radialistas que apoiam a atual administração que o áudio se referia a disputa para a eleição da presidência da Câmara no final de 2022, onde ele foi derrotado pela atual presidente Camila Camargo.
Advogados ouvidos pelo O Expresso afirmam que se o vereador e o secretário de Governo forem condenados por corrupção ativa estão sujeitos a uma pena de 2 a 12 anos de reclusão.