A técnica em enfermagem da UBS da Vila Aparecida, Marinei da Silva Galvão, de 54 anos, realizou a doação de medula óssea no último dia 02 de outubro, no Hospital do Câncer, em São Paulo, para salvar a vida de um paciente que necessitava do transplante.
A cirurgia é uma modalidade de tratamento indicada para doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico e a probabilidade do doador ser compatível com o paciente, sem que seja da mesma família, é muito pequena.
“Eu fiz o cadastro no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME) em 2008, e só agora fui chamada para realizar a doação, comprovando a dificuldade de ter o sangue e todos os outros fatores genéticos compatíveis”, explicou Marinei.
Segundo ela, a doação foi para um paciente com Síndrome de Sézary, um tipo de linfoma cutâneo raro. “Para mim foi um verdadeiro milagre a realização desse transplante, de ser compatível com essa pessoa. Eu me sinto como uma escolhida por Deus e estou muito feliz em poder ajudar”, afirmou.
Marinei explicou como foi o transplante e a recuperação pós-cirurgia. “A cirurgia foi bem tranquila, recebi duas anestesias e em aproximadamente uma hora já estava tudo pronto. O pós também não foi difícil, dói um pouco, mas sem sofrimentos maiores. Fiquei oito dias de licença e já estava em condições de trabalhar, pois a recuperação é rápida”, disse.
A técnica em enfermagem afirmou que sempre gostou de ajudar, de fazer doações e explicou como surgiu a intenção de fazer a doação da medula óssea.
“Quando morei em Sorocaba, era doadora de sangue e de plaquetas, quando fiquei sabendo que as plaquetas iam para manter vivas as pessoas até aparecer um doador de medula óssea. Isso me incentivou e sensibilizou a fazer o registro como doadora. Fui escolhida por Deus para salvar a vida de uma pessoa e oro para que apareçam mais pessoas que sejam compatíveis a mim para que eu possa doar novamente”, afirmou.
Por fim, Marinei fez um apelo para que mais pessoas se motivem e façam o registro como doadores de medula óssea.
“Quanto maior o banco de doadores, maiores as chances de encontrar alguém compatível, precisamos disseminar essa informação. É a chance de salvar a vida de mais pessoas. Peço para que todo mundo se sensibilize, leia e procure saber mais sobre a importância dessa ação”, concluiu.