Tradicional farmacêutico da cidade de Ribeirão Grande, José Camilo Rodolfo, 60 anos, proprietário da Drogaria do Camilo, faleceu no último dia 27 de março em decorrência de um infarto agudo de miocárdio. Ele estava trabalhando em sua drogaria e acompanhando o jogo da seleção brasileira de futebol pela TV, quando se sentiu mal.
José Camilo deixa a mulher, Ana Laura Ferreira, dois filhos, Neto e Afonso, e quatro netos, Mariana, Antônio Gabriel, Julia e Maria Fernanda.
Ele foi enterrado no Cemitério Municipal de Ribeirão Grande e seu funeral foi um dos maiores já registrados na recente história do município.
Camilinho, assim chamado carinhosamente por amigos e clientes, imprimiu um estilo próprio de atendimento em sua profissão e, muitas vezes, devido a sua experiência na área da Saúde, muitas famílias de Ribeirão Grande recorriam a ele para um atendimento médico de urgência e emergência, se tornando assim uma espécie de médico da família. Sua história de vida e seu legado não se limitaram ao balcão da tradicional Drogaria do Camilo, e foi muito além. Nascido no ano de 1957, filho de uma tradicional família de Capão Bonito, com o seu pai José Fadino Rodolfo e sua mãe Benedita Cândida de Barros Rodolfo, José Camilo frequentou o então Colégio Estadual Raul Venturelli, concluindo o Ensino Médio em 1976.
No mesmo ano, ainda muito jovem, disputou o cargo de vereador em Capão Bonito pelo antigo MDB de Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Orestes Quércia, e outros, dando assim sua contribuição em um momento histórico da política capão-bonitense e nacional.
Aos 15 anos, conciliava seus estudos com algumas tarefas informais de entregador de jornais e de lanterninha do Cinema local, e o dinheiro extra que arrecadava com essas atividades, ajudava no sustento da família.
Também trabalhou com um dos mais conhecidos farmacêuticos de Capão Bonito, Jose Leo-naldo de Almeida, o Zé Vovô, na antiga Farmácia São José, vocação essa que carregou até o seu último dia de vida.
Em 1977 decidiu abrir seu próprio negócio. Aproveitando o crescimento populacional do então distrito de Ribeirão Grande, José Camilo comprou a farmácia do Sr. Batista e fundou a Drogaria do Camilo.
Se apaixonou pela singela comunidade de Ribeirão Grande e a escolheu para constituir sua família. Casou-se em 1978 com Ana Laura, da tradicional família Balaio, e foi no ambiente agradável de uma pequena cidade que criou e formou seus filhos e construiu o legado de um homem honrado e trabalhador.
Foi ainda um dos emancipadores de Ribeirão Grande, que virou município no ano de 1992, e por coincidências da vida, seu filho mais novo, Afonso Rodolfo herdou a paixão pela política e foi o vereador mais votado das eleições municipais de 2016. Getúlio Neto, o primogênito, é advogado e também atua na área pública, mas na prestação de serviços em atividades jurídicas.
Adorava também reunir a família e contar algumas de suas passagens marcantes e a favorita, dizia ele, era as constantes viagens a São Paulo na década de 70 para acompanhar os jogos do Corinthians. O futebol foi, sem dúvida, uma de suas paixões, marcadas também nos gramados da região como jogador do antigo Juventude.
José Camilo foi um exemplo da relação coirmã entre Capão Bonito e Ribeirão Grande.