Existem alguns indicadores que muitas vezes não são divulgados para a opinião pública, mas que fazem com que seja medida a qualidade do serviço público existente em cada município brasileiro.

Provas nacionais realizadas para avaliação dos alunos, índices de eficiência dos tribunais de contas e até mesmo dados do Censo do IBGE são importantes para que a população saiba se a sua cidade está sendo bem administrada ou se está sendo negligenciada.

Os dados do IBGE a cada 10 anos apontam se um determinado município evoluiu, se está estagnado ou se está sofrendo queda, as notas dos alunos nas provas nacionais apontam como anda a qualidade da Educação em sua cidade e mostra onde é preciso investir para que se tenha melhoria.

Por fim, há o IEG-M que é o Índice de Efetividade da Gestão Municipal, criado pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo para medir como anda a gestão e boa aplicação dos recursos em cada um dos municípios paulistas excetuando-se a cidade de São Paulo, que é fiscalizada pelo Tribunal de Contas do Município.

Dados do IEG-M de 2023 apontaram que o município de Capão Bonito vem sofrendo uma regressão nos índices de avaliação de governo desde 2021 e o que até 2020 era uma nota B, que apontava como sendo efetiva, a gestão pulou o C+ e foi direto para a letra C, que é rotulada pelo TCE como baixo nível de adequação.

Com esses números fica claro que de acordo com o órgão que faz a fiscalização das contas públicas de Capão Bonito e dos demais munícipios paulistas está havendo um retrocesso na forma de gerir a coisa pública em solo gameleiro.

Em todos os itens avaliados houve retrocesso, mas chama a atenção a queda da avaliação em dois setores importantes para a população, a Saúde e a Educação que mostram que a atual administração pode ser literalmente mais efetiva.

Muitas pessoas e até administradores, principalmente quando são mal avaliados, desdenham dos resultados destes índices, mas estes números que são apontados após levantamentos e questionamentos técnicos são embasados em dados científicos e servem para que o bom gestor use-os como forma de corrigir e até de atingir metas.

Mas cobrar que os atuais governantes de Capão Bonito prestem atenção em índices do TCE ou em dados do IBGE certamente é pedir muito para gestores que não conseguem explicar as muitas denúncias que têm se acumulado na atual gestão, inclusive a de compra de apoio político.

Enquanto eles não prestam atenção nas informações de órgãos confiáveis, a cidade está estagnada e com os mesmos 46 mil habitantes há 30 anos e sem gerar esperança para as futuras gerações.