O jornal de papel

O gênio Millor Fernandes deixou um legado literário e jornalístico muito importante para o desenvolvimento intelectual do país.
Entre as milhares frases criativas e fantásticas que deixou, cito uma: “Jornalismo é oposição, o resto é armazém de secos e molhados”.
Eu me atrevo a substituir a palavra “oposição” por “verdade”, ficando assim: “Jornalismo é a verdade, o resto…”, e foi sob esta manta que há 25 anos nascia aquele que se transformaria no mais importante jornal da nossa região.
A credibilidade é hoje a principal referência do jornal O Expresso.
Um jornal que completa 25 anos de vida contínua, sem falhar uma semana sequer, é o resultado do trabalho de sucessivas gerações de colaboradores como Juraci B. Chagas, Roberto de Jesus, Claudio Rostelato, Solange Gonçalves, Rogério Machado, Antônio Isidoro de Oliveira, Alice Olivati e debutantes como este que vos escreve.
O Expresso me proporcionou um significativo crescimento profissional e um conteúdo de conhecimento que nenhuma universidade de ponta oferece: o dia a dia da redação. Só é possível escrever uma reportagem de qualidade na imprensa escrita se mergulharmos de cabeça no assunto pautado e isso, é fundamental para o crescimento do jornalista.
O jornalismo, tal como procuram praticá-lo, deixou de ser apenas uma atividade profissional para ser tornar um serviço de utilidade pública.
Divulgar a verdade, estimular um exercício consciente de cidadania, iluminar o debate dos problemas sociais e coletivos, qual outra atividade oferece isso em Capão Bonito e região senão o jornalismo praticado pelo O Expresso desde 1992.
A pressa inerente à profissão às vezes nos remete ao erro, e quem nunca errou?
Mas, essas falhas jamais desvirtuou o jornal aniversariante do seu compromisso com a verdade.
O jornal começou apenas na plataforma impressa e hoje, também está disponível nos meios digitais.
Todo esse crescimento é fruto da dedicação e do talento dos profissionais que atuam na empresa, do apoio de fornecedores, parceiros, anunciantes, agências de publicidade, da perseverança da família Citadini e ao criador d’O Expresso moderno e que se tornou patrimônio da nossa cidade, o leitor.
Dizem por aí que o jornal impresso está com dias contados. Discordo e acredito que existem ainda no mercado milhares de leitores que preferem o papel.
O jornal de papel só vai deixar de existir quando os leitores de papel acabarem, e isso está longe de acontecer.
Por isso, apesar de ter uma plataforma digital com site e redes sociais, O Expresso de papel tem vida longa.
E nesses dias que O Expresso celebra seu ¼ de século, finalizo de forma simples e grandiosa: Obrigado!

Francisco Lino é jornalista.

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