Obras paralisadas e ampliação de hospital são desafios para a saúde de Capão Bonito

Dando sequência a série de matérias sobre os desafios para os próximos quatro anos da administração municipal, a reportagem de O Expresso fez um levantamento das obras e a situação dos serviços públicos de saúde do município. Os serviços da área de saúde foram os mais questionados durante a campanha da eleição municipal, que foi realizada no dia 06 outubro.

O ritmo das obras na área da saúde são os mais lentos de toda a administração municipal, a reforma do almoxarifado da Secretaria Municipal de Saúde, que fica ao lado do Centro de Saúde, por exemplo, deveria ter sido concluída no dia 1º de fevereiro de 2023 e só deve ser entregue em 2025, enquanto a obra anda a passo de tartaruga, a prefeitura gasta recursos públicos alugando um antigo hotel da cidade na rua Silva Jardim.

Outra obra que está paralisada há tempos e não vem andando, é a construção da Policlínica que teve início na gestão passada na avenida Itapeva e que fica ao lado do Centro de Fisioterapia. A intenção com a construção da Policlínica era transferir para o local todo atendimento do Centro de Especialidades, dando melhores condições para que os servidores da Secretaria de Saúde pudessem atuar e atender de forma mais eficiente a população. A obra, que estava sendo construída com recursos de emenda parlamentar do deputado federal Vitor Lippi, está paralisada há mais de um ano e está na sua parte final, faltando praticamente o seu acabamento, enquanto isso, a prefeitura paga aluguel do imóvel onde funciona o Centro de Especialidades e a população reclama das condições improvisadas do local.

Outro local que está abandonado é o prédio onde funcionava a Vigilância Epidemiológica, que fica no começo da rua Silva Jardim e está fechado desde julho de 2023 para ser reformado, mas até esta semana não tinha sido iniciada a sua reforma e encontra-se literalmente abandonado e ficando coberto de mato. Os funcionários do setor estão atuando onde funcionava antigamente a funerária Santa Luzia, em mais um imóvel alugado pelo município.

Por fim, a obra de ampliação da Santa Casa que está sendo feita pela prefeitura com recursos repassados pelo Governo do Estado, recursos esses que foram conseguidos junto ao então governador Rodrigo Garcia em 2022, por solicitação do então deputado Guilherme Mussi. A obra está em andamento e deve ser concluída até fevereiro de 2027, mas há questionamentos por parte da oposição, que alega que não foram reservados recursos para aquisição de equipamentos, instalação do novo setor e contratação de profissionais médicos.

“Ninguém é contra a obra de ampliação da Santa Casa, mas preocupa não ter sido feita nenhuma previsão para compra de equipamentos e também para contratação de pessoal. Somente prédio não vai resolver a questão do atendimento da saúde. Quanto as obras que estão em ritmo extremamente lento ou paralisada, dá-se a impressão que a atual administração tem compromisso com o pagamento de aluguéis”, disse o ex-candidato a prefeito Heitor da Gelsa.

Prédio onde funcionava Vigilância Epidemiológica está fechado há mais de um ano esperando a reforma
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