O município de Capão Bonito completou na última quarta-feira, dia 02 de abril, o seu 168º aniversário de emancipação administrativa.
O início da povoação de Capão Bonito começou em meados do século 18, quando houve a exploração de ouro nas margens do rio São José, depois os mineradores migraram para a localidade conhecida como Freguesia Velha, nas proximidades de onde hoje funciona a fábrica de cimento do Grupo Votorantim, em Ribeirão Grande. Há, inclusive, citação desta localidade em mapa da província de São Paulo, do ano de 1791, citando como minas de ouro de Paranapanema.
A freguesia, onde atualmente está a cidade de Capão Bonito, foi formada na década de 1840, por incentivo do fazendeiro Pedro Xavier do Passos (Sucuri), do tenente coronel José Inácio Ferreira e do vigário Joaquim Manoel Alves Carneiro, considerados os fundadores da cidade, que estimularam a mudança da povoação da então Freguesia Velha para as proximidades da fazenda de Pedro Xavier dos Passos, o Sucuri, que havia comprado uma vasta área na região do brigadeiro Tobias de Aguiar.
A fazenda era chamada de Capão Bonito por ter uma porção de mata bonita em forma de coração e seu proprietário decidiu doar uma área de 150 braças para ser construída uma capela em homenagem à Nossa Senhora da Conceição.
Em 1857 a localidade havia prosperado e foi contemplada com a lei provincial nº 17, promulgada pelo vice-presidente da Província de São Paulo, Antonio Roberto d’Almeida que informava que a Assembleia Provincial tinha elevado a freguesia a condição de vila, deixando de pertencer a Itapetininga e ganhando o nome de Capão Bonito do Paranapanema, que prevaleceu até 27 de dezembro de 1921, quando passou a ser chamada apenas de Capão Bonito, após aprovação da lei estadual 1.840.
Um fato inusitado na história de Capão Bonito que é pouco comentado, é que em 26 de março de 1866, ou seja, 9 anos após sua criação, a vila voltou a estágio de freguesia após aprovada pela lei estadual nº 21, mas em 14 de março de 1968 esse rebaixamento foi revogado, portanto, cerca de 2 anos após o retrocesso voltou a ter sua emancipação administrativa, o que permanece até hoje.
