A prefeita Eliana Santos Silva (PSDB) de Ribeirão Grande se reuniu na tarde da última quarta-feira, dia 20, com os diretores da CBE – Grupo Nassau – Erasmo Chrischner e João Prado, para apresentar um conjunto de reivindicações e apoio da empresa para serviços de recuperação e manutenção de estradas e pontes e na ampliação da Unidade Básica de Saúde do município.
A chefe do Executivo explicou que além da dificuldade financeira que o município vem enfrentando devido à paralisação dos serviços das empresas cimenteiras – CBE e CCRG -, a prefeitura está com problemas voltados à falta de material, como pedra britada, utilizada na manutenção de 800 quilômetros de estradas rurais. “Com a paralisação da CCRG, estamos enfrentando problemas para doação desse material essencial para a durabilidade dos serviços de manutenção nossas estradas”, explicou a prefeita.
Outro pedido reforçado pela prefeita refere-se à doação de toras de madeira para uso nas obras de recuperação de pontes.
Com relação à pedra britada, a CBE se comprometeu em doar o calcário bruto e a prefeitura tentará uma parceria com a CCRG (Companhia de Cimento Ribeirão Grande) para o refinamento do material. Caso contrário, de acordo com o diretor de Operações e Serviços Públicos, João Vilarino Ferreira Júnior, a pedra bruta poderá ser utilizada em outras demandas como na reconstrução de cabeceiras de ponte, muros de arrimo ou em sistemas de drenagem.
O gerente da unidade de Ribeirão Grande da CBE, Erasmo Chrischner, também afirmou que é possível atender a demanda de doação de toras de madeiras, basta aprefeitura formalizar um pedido constando a quantidade necessária e as pontes que serão beneficiadas.
A prefeita Eliana ressaltou ainda a proposta de apoio do grupo CBE para o fortalecimento do Sistema Municipal de Saúde de Ribeirão Grande, em apoio à ampliação da Unidade de Saúde e na aquisição de equipamentos, prevista em relatório de compensação ambiental da exploração dos recursos naturais do território municipal.
“Seria de extrema importância se conseguíssemos acelerar essa compensação independente da licença da Cetesb. Nossa população já está sofrendo com o desemprego e, por isso, temos que prestar um serviço de Saúde de qualidade”, colocou.
Participaram também da reunião os diretores de Governo, Infraestrutura e Administrativo Wilson Grillo, de Operações e Serviços Públicos João Vilarino Ferreira Júnior, o presidente da Câmara Municipal Cirineu Fer-reira, a coordenadora de Turismo Sônia Araújo, e o coordenador de Meio Ambiente Gustavo Henrique Ferreira.
Construção da
fábrica da CBE
O diretor do grupo CBE, João Prado, que se deslocou de Recife – sede da empresa – para a reunião em Ribeirão Grande, explicou que devido à crise econômica no país, suspendeu-se o cronograma das obras de construção civil da nova fábrica de cimento local.
“Dependemos, exclusivamente, dos recursos de outras unidades do grupo para darmos continuidade às obras desta nova fábrica em Ribeirão Grande e o como houve um enfraquecimento do mercado de cimento no país, decidimos suspender temporariamente o investimento”, relatou.
A unidade de Ribeirão Grande mantém ainda alguns serviços de manutenção e conta, atualmente, com um corpo de funcionários de 66 trabalhadores. Em seu auge, na década de 90, antes de vender a fábrica a um grupo bancário para quitar dívidas adquiridas pela oscilação cambial, a Itabira Agro Industrial chegou a ter mais de 500 funcionários diretos.
João Prado afirmou ainda que a construção da nova fábrica em Ribeirão Grande é um dos pontos estratégicos de crescimento da CBE, tendo em vista que o grupo tem à disposição uma das únicas jazidas com potencial de exploração mineral do Estado de São Paulo e que, numa possível alta produção e consumo, tem duração de até 100 anos.
A matéria-prima in natura aguarda autorização da Cetesb para o início da exploração.