Produtor de Capão Bonito investe em variedades de alface que suportam mais o calor

Mais de 30 variedades de hortaliças estão protegidas por 60 mil² de estufas.
Metade da produção é de alface com variedades bem diferentes.
A brunela é uma variedade criada em 2013 por pesquisadores da Ufscar de Araras.
Ela surgiu do cruzamento da alface americana com a frisée.
O resultado é uma planta tropicalizada, mais resistente ao calor e às chuvas.
Fernando Calderaro produz hortaliças há 28 anos em Capão Bonito.
Ele apostou no cultivo da brunela desde que ela foi lançada no mercado.
Nos últimos anos, outras variedades também mais resistentes ao clima chegaram ao mercado.
Fernando investe em mais dois tipos: a rubinela, que lembra a alface crespa roxa e a saladela, com folhas do tipo americana mais alongadas.
O cultivo é por hidroponia, mas o engenheiro agrônomo Felipe Silvestre explica que as variedades são adaptadas também ao cultivo em solo.
Com a Brunela, Felipe diz que outra vantagem é a possibilidade de cultivar mais plantas numa mesma área.
Por metro linear, em uma situação normal, dá para colocar 6 plantas. Com a brunela, dá para aumentar para 9.
As variedades, por conta do melhoramento genético, acabam sendo também mais resistentes a doenças e insetos.
Outra característica é que elas têm o sabor mais adocicado.
Da semente até a alface estar no ponto de colheita são em média 45 dias.
As novas variedades estão rendendo 300 pés por dia cada uma.
Depois de embaladas vão direto para a Capital e cidades próximas.
O custo médio, segundo o produtor, fica entre R$ 1,50 a R$ 1,60 para produzir cada pé de alface, que é vendido de R$ 1,80 a R$ 2,00.

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