A expressão QI é muito utilizada para caracterizar a forma como algumas pessoas chegam a funções importantes ou até mesmo a um simples emprego, seja na iniciativa privada ou pública. Esse QI, é o “Quem Indica”, e geralmente, premia pessoas incompetentes, mas bem relacionadas.

Mas o QI que abordaremos nesse artigo é outro: o Quociente de Inteligência, uma fórmula criada no início do século XX para medir o grau de inteligência dos humanos, numa escala de 0 a 100.

Alguns podem até me chamar de abusado por ousar comentar algo tão complexo, mas o jornalismo tem essa função, a de traduzir temas complicados em conteúdo de fácil compreensão.

As transformações mundiais também exigiram novos desdobramentos do exercício jornalístico e para acompanhar essa revolução digital, criamos um podcast, o Expresso Cast, que não passa de um programa opinativo de rádio em plataformas de áudio streaming.

Mas o interessante de reinvenção profissional, é a exigência de estudo, pesquisa e aprofundamento nos assuntos em pauta. Essa obrigatoriedade nos tira da zona de conforto e alimenta todo as nossas células neurológicas, também chamadas de QI (Quociente de Inteligência).

Evolui-se de um lado e regride do outro. No último podcast, falamos sobre algo inédito no mundo da neurociência. Pela primeira vez na história, os jovens têm QI mais baixo que o do seus pais, e um dos fatores dessa regressão é o tempo exagerado nas telas de smartphones.

Pasmem, o brasileiro passa em média, 10 horas vibrado no celular, principalmente a nova geração, e o resultado não poderia ser outro a não ser, a ociosidade da HD humana.

A internet e os aparelhos eletrônicos revolucionaram os métodos de aprendizagem e de obtenção de conhecimento, desde que, “bem usados”.

A tecnologia é fundamental hoje e continuará sendo daqui pra frente, mas não deixe de apreciar a natureza, de sentir as vibrações de um romance impresso, de gargalhar presencialmente com os amigos, de sofrer com o seu time do coração ou de ajoelhar-se diante da Última Ceia na Santa Maria dele Grazie.

Francisco Lino é jornalista.