O radialista Juliano José Antunes, o Juliano do Açougue, que apresenta programa na rádio Panema FM de Capão Bonito todos os domingos, onde atua como defensor do prefeito Júlio Fernando, que quase todos os domingos concede entrevista no programa e o leva para audiências em secretarias de Estado.
Juliano do Açougue que também tem um programa denominado A Cúpula, transmitido pelas redes socias onde recebe semanalmente aliados do prefeito, foi condenado pelo Poder Judiciário pelo artigo 180 do Código Penal Brasileiro, que no jargão do Direito refere-se ao crime de receptação de produto ilícito.
A decisão final de condenação do radialista foi feita pelo Tribunal de Justiça em 14 de junho de 2022, pelo desembargador Adilson Paukoski Simoni, que era relator da ação e que manteve a condenação de 1ª Instância de 1 ano e 2 meses de reclusão em regime inicial aberto e 11 dias de multa, que foram convertidas em duas penas restritivas de direito, consistentes na prestação de serviços à comunidade e 2 salários mínimos de pecúnia a serem pagos para entidade pública e privada com destinação social.
A execução da pena foi determinada pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de Capão Bonito em 17 de maio de 2023, notificando para que fosse oficiado as entidades de praxe para solicitação de vaga para cumprimento da pena.
O caso teve início quando uma moradora do Estado de Santa Catarina, proprietária de Honda Civic, comunicou à polícia local que estava recebendo várias multas com origem em Capão Bonito sendo que nunca esteve na cidade, ao fazerem as investigações os policiais descobriram que se tratava de um carro que teria sido comprado pelo radialista entre 2011 a 2017. O radialista Juliano do Açougue se contradisse nas explicações chegando a dizer que não sabia de quem tinha comprado e não tinha documentação do veículo.
Na decisão do TJ, o desembargador afirma: “ficou evidenciada a receptação dolosa e que o acusado tinha ciência da origem ilícita do bem”.
Há algumas semanas o radialista se envolveu numa nova polêmica no evento Rock Rastro Fest, promovido pela prefeitura, onde foi acusado de ter vendido espaço para que algumas barracas de outras cidades pudessem se instalar no evento.