Na semana passada este jornal dedicou um grande espaço para divulgar matéria jornalística em que é apontada a queda do índice de mortalidade infantil no município de Capão Bonito.
O resultado obtido pela cidade nos últimos três anos mostra que o número de recém nascidos mortos vem caindo ano após ano e atualmente os índices da cidade são muito melhores do que o do Estado de São Paulo.
Estes bons números são ainda melhores quando fazemos um levantamento histórico sobre o tema e podemos constatar que num passado não muito distante a cidade era conhecida nacionalmente como sendo um dos municípios com piores índices de mortalidade infantil mesmo estando situado no Estado mais rico da federação.
Vários jornais e emissoras de televisão estiveram na cidade para narrar o excesso de mortes dos recém nascidos que faziam com que a cidade chegasse a ter índices maiores do que países africanos.
Esta imagem negativa de descuido com a saúde pública ficou por muito tempo enraizada na imagem da cidade, por muitos anos Capão Bonito era sinônimo de mortalidade infantil e esta imagem negativa teve seu auge no final da década de 90 e início deste século.
Reverter este cenário exigiu muito trabalho e competência da gestão da saúde pública nos últimos anos e ao que parece medidas técnicas foram tomadas em detrimento de ações políticas que muitas vezes dificultavam a implantação de uma política pública eficiente.
Os números atuais da mortalidade infantil no município são dignos de elogios não só por estar abaixo do Estado, mas principalmente por ter revertido um histórico negativo que em muito nos prejudicava.
Fazer ações para que a mortalidade infantil seja uma das menores do Estado fazendo com que sintamos orgulho de nossa cidade é algo que deve ser enaltecido, pois não são todos os gestores públicos que têm a coragem de abrir mão de vantagens eleitorais para investir em políticas públicas que não dão visibilidade.
Feliz a cidade que faz opção por ações que em primeiro lugar está a vida das crianças e não festas do peão e construção de praças.
Agir desta forma é sem dúvida uma opção pelo bom senso, é uma opção pela política do bem.