Dr. Rafael Almeida, advogado
Faleceu na data de 30/04/24, Ricardo Afonso Vaz, popularmente conhecido como Rick Moreno, aos 59 anos de idade, deixando esposa, filhos e netos.
Rick foi jornalista e colunista de diversos jornais e periódicos. Iniciou na “Folha de Itapetininga” em 1982, fazendo a “Coluna Jovem”.
Na primeira eleição que marcava o início do fim da Ditadura Militar, em 82, Rick entrevistou para o jornal que atuava, os candidatos Lula (a governador), Bete Mendes (eleita deputada federal) e Jacob Bittar (senador) no Clube Venancio Aires. Entrevistou ainda o jornalista Luiz Fernando Emediato, que tinha acabado de escrever o livro “Geração Abandonada” e a atriz Elke Maravilha quando esta visitou o Clube Recreativo.
No meio político da década de 80 em Itapetininga, fez amizade com o professor Darci, que tinha vencido uma eleição municipal para Prefeito usando um cavalo pintado com faixas brancas. Rick dizia que os melhores políticos que conheceu foram Franco Montoro, Mario Covas e Leonel Brisola.
Em 1985, em Capão Bonito, Rick coordenou um grupo de poetas da cidade para a publicação “Antologia Poética de Cidades Brasileiras”, da Shogun Arte Editora, onde Dulce Guimarães publicou seu poema “Canto”.
Naquele rescaldo de fim de ditadura militar, em 1988, foi candidato a vereador.
Ainda no final da década de 80, Rick escreveu para o jornal “O Bandeirante” mas foi no jornal “Fato Novo”, que era comandado pelos jornalistas, Solange Gonçalves e Roberto de Jesus, que o pseudônimo “Rick Moreno” apareceu e sua famosa coluna “Gente que Acontece” passou a ser lida, principalmente, no meio político da cidade.
A Coluna “Gente que Acontece” divulgava assuntos quentes da vida partidária local. Certa vez, em uma entrevista com um dirigente partidário, perguntado por Rick se era de direita ou esquerda, o entrevistado disse “nem um nem outro”. A entrevista foi publicada no jornal e a dirigente partidária adversária, a médica sanitarista Edna Bugni, lendo que o atual presidente não assumiu “ser de esquerda” já que o partido que estavam era “de esquerda”, levou a entrevista do jornal como prova para os dirigentes estaduais e imediatamente destituíram o presidente municipal devido a sua posição.
A Coluna “Gente que Acontece” também divulgava pessoas comuns da cidade que faziam acontecer, seja se destacando no esporte, eventos de caridade, voluntariados, etc.
“Gente que Acontece” também passou a ser escrita no jornal “O Expresso” entre 2002 e 2008.
Rick também prestou diversos serviços relevantes para o Município de Capão Bonito, como funcionário público concursado da Prefeitura Municipal. Foi motorista de ambulância, fazendo muitos atendimentos de socorro. Trabalhou como agente administrativo, no Cartório Distribuidor do Forum local e também foi Supervisor do PAT por volta de 2008/2012, promovendo diversas melhorias no sistema de busca e oferta de emprego, com a criação de banco de dados de candidatos para empresas.
Uma vez, lá pelos idos de 2000, Rick criticou o Prefeito em exercício, publicando uma carta à redação no jornal. O Prefeito então, em virtude da carta, o demitiu por justa causa da Prefeitura, por insubordinação. Como o Rick era funcionário concursado, teve que entrar com mandado de segurança na Justiça para conseguir o emprego de volta.
Como defensor da liberdade de expressão e jornalista por vocação, entre 2005/2008, Rick foi Diretor da Rádio Comunitária “Difusora FM 105.4”, onde diversas personalidades fizeram programas e deram entrevistas, fazendo divulgações de interesse público.
Em 2010, foi um dos fundadores do Informativo “Freguesia Velha”, periódico de divulgação de assuntos históricos do município de Capão Bonito.
Foi um incentivador de campeonatos de truco, promovendo centenas deles na região, na condição de organizador e juiz de truco.
Após a saída do serviço público por meio de PDV em 2015, passou a ser empreendedor local, assumindo um mini mercado na Vila Cruzeiro e também nas vendas de seguro, junto com seu filho Marcus Vinicius.
Nossos sentimentos à família e amigos.