Santa Casa de Capão Bonito emite alerta sobre superlotação no Pronto Socorro

A Santa Casa de Misericórdia de Capão Bonito divulgou esta semana um comunicado à população alertando sobre a atual situação enfrentada no atendimento de urgência e emergência, especificamente no Pronto Socorro nos últimos dias.

De acordo com a entidade, o período de outono e inverno é marcado por um crescimento significativo nos casos de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, bronquites, pneumonias e crises de asma.

Esse aumento de procura nos últimos dias tem causado uma elevação no número diário de atendimentos, muitas vezes ultrapassando a capacidade ideal de fluxo da estrutura hospitalar.

Como único Pronto Socorro do município, a Santa Casa é responsável por atender casos de maior gravidade, como urgências clínicas, acidentes e situações com risco iminente de vida do paciente.

No entanto, a procura excessiva por atendimentos de baixa complexidade, como é o caso de sintomas gripais leves e dores musculares, tem gerado impactos negativos no funcionamento da unidade. Entre os principais problemas ocasionados pelo excesso de demanda estão as longas esperas, a superlotação dos espaços físicos, o risco de infecções cruzadas e a sobrecarga da equipe multiprofissional que atua no PS.

Diante do cenário, a direção da Santa Casa está orientando que a população utilize as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município para atendimentos de menor complexidade, como: sintomas gripais leves, dores de garganta sem febre alta, dores musculares leves, dúvidas sobre medicamentos, acompanhamento de doenças crônicas.

A entidade reforça que o Pronto Socorro deve ser procurado apenas em casos reais de urgência e emergência, como: dificuldade respiratória intensa, dor torácica súbita, desmaios ou convulsões, traumas graves, sinais de infarto ou AVC, febre alta persistente em crianças ou idosos.

Nos últimos dias tem crescido o número de reclamações por pacientes na demora no atendimento no Pronto Socorro da Santa Casa local.

Um médico ouvido pelo O Expresso, disse que neste período do ano é comum o aumento da procura devido as doenças respiratórias que crescem em meses como junho, julho e agosto. Para o profissional médico, uma das soluções seria a prefeitura ter um espaço sentinela para atender estes casos, como é feito em outras cidades. O médico disse que esse excesso de movimento nas últimas semanas é de pacientes de Capão Bonito, já que as cidades vizinhas, como Guapiara e Ribeirão Grande, dão atendimento nas suas unidades para casos mais leves, além disso, o transporte aos pacientes destes municípios é cedido para casos mais graves.

“Seria interessante Capão Bonito fazer como em outras cidades que criaram unidades sentinelas para atender estes casos de doenças respiratórias leves. Isso certamente desafogaria o Pronto Socorro e proporcionaria um atendimento mais ágil aos pacientes. Muitas vezes chegam vítimas de acidentes no PS que mobilizam quase toda a estrutura do local e isso ocasiona a demora no atendimento”, disse o médico que pediu para não ser identificado.

Veja também