Secretaria intensifica vacinação contra brucelose nos bairros Franciscada e Mocambo

O apoio técnico e sanitário aos rebanhos de pecuaristas do município continua sendo intensificado pela Secretária Municipal de Agropecuária, Obras e Meio Ambiente de Capão Bonito.
Nos últimos dias foram realizadas vacinações contra brucelose nos bairros Franciscada e Mocambo pelo médico veterinário Alberto de Carvalho e o técnico agropecuário José Honório.
A brucelose bovina é uma zoonose (doença que é transmitida dos animais para os humanos) que provoca aborto nas vacas em torno de 6-7 meses de gestação e inflamação dos testículos nos machos. Esta doença é ocasionada por uma bactéria denominada Brucellaabortus e pode ser transmitida para o ser humano, principalmente pela ingestão de leite in natura, carne mal cozida e também pelo contato com esterco e sangue dos animais.
“O mais agravante é que esta bactéria penetra pela pele sem qualquer lesão aparente. Nos locais onde há animais contaminados pela bactéria Brucellaabortus, o consumo do leite in natura é um risco à saúde humana”, explica o veterinário Alberto de Carvalho.
Para conhecer o risco presente, é necessário obter informações a partir de diagnósticos precisos sobre a incidência da brucelose nos animais em fase de produção de leite no Estado.
“No que se refere ao consumo de carne bovina, é extremamente baixo o risco de se contrair a brucelose, pois normalmente as brucelas não são encontradas nos músculos dos animais e morrem quando submetidas a temperaturas acima de 63°C. Mesmo assim, é importante que a população evite o consumo de vísceras de bovinos mal passadas”, acrescentou o veterinário.
Os prejuízos resultantes desta doença para a pecuária bovina são significantes, pois a Organização Internacional de Epizootias (OIE) calculou perdas anuais de US$ 32 milhões no Brasil, considerando somente os abortos e a queda da produção de leite, refletindo também no decréscimo de produção de carne em torno de 10% a 15%.
Além destas perdas diretas, há reflexos indiretos no alongamento dos parâmetros zootécnicos reprodutivos, como o intervalo de partos de 12 para 20 meses, aumentando, consequente-mente, o período de serviço de 90 para 330 dias.
É importante que a população saiba destes fatores de riscos e que os pecuaristas participem do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Bru-celose e Tuberculose (PNCEBT).

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