Taiko de Capão Bonito representará o Brasil no Japão

Em 2016, o grupo Genryu Daiko de Capão Bonito foi o grande campeão do 13º Festival Brasileiro (categoria Júnior) promovido pela Associação Brasileira de Taiko (ABT).
A competição contou com a participação de 39 grupos divididos nas categorias Mirim (até 11 anos), com 10 grupos; Júnior (até 18 anos), com 14 grupos; Livre (sem restrição de idade), com 10 grupos; e Master (acima de 40 anos), com 5 grupos, além de 9 participantes na categoria Odaiko (solo).
Com o título, o Genryu Daiko garantiu o direito de representar o Brasil no Nippon Taiko Junior Contest, campeonato realizado anualmente em março pela Nippon Taiko Foundation e que acontecerá na cidade de Kobe, na província de Hyogo, com a participação dos melhores grupos locais e que tem o Brasil e Taiwan como únicos países estrangeiros na competição.
A equipe do Genryu, que conquistou o título inédito é formado por Rodrigo Ken Mathuy Hissano, Tais Aiko Takeda Lima, Millene Hikari Watanabe, Thales Morigaki Kashima, Ana Laura B. Kakihara, Kamilly Harumi Watanabe, Michaela Mayumi G. Kacuta, Luiz Felipe Kakihara Rossi, Vitor Kenzo Takeda Lima, Guilherme Yoshio Kido, Yves Morigaki Kashima, tendo como treinadores Gustavo Diniz Maciel, Juliana Harumi Nishi e coordenador Cláudio Hissano.
O grupo treinou muito nos últimos meses para fazer bonito na terra do sol nascente.
Segundo o presidente da ABT, Li-Sei Watanabe, “todos os jovens se apresentaram muito bem” no festival de 2016. “Tenho a impressão que os grupos treinaram intensamente e certamente o Brasil estará bem representado”, disse Watanabe, que assumiu a presidência da entidade em março do ano passado.
Em 2015, o campeão Brasileiro Júnior no Japão foi o Hisho Daiko, de Colônia Pinhal, que ficou em terceiro lugar – a melhor classificação obtida até hoje por um grupo brasileiro.

Difusão
Watanabe explica que a evolução dos tocadores é gradativa.
Para ele, o próximo passo da ABT será colocar em prática o programa para desenvolver o taiko em outras cidades brasileiras.
“Queremos também reativar os grupos que, por motivos alheios à nossa vontade, deixaram de praticar”, revela Watanabe, que cita como auge do taiko nacional o ano de 2008, quando quase 100 grupos, totalizando cerca de mil tocadores, se apresentaram no Sambódromo paulistano durante as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil.
“De lá para cá, esse número caiu para pouco mais de 50 grupos filiados à ABT. Então, queremos saber onde estão esses grupos para que possamos dar uma assistência para que eles retomem a prática”, explica o presidente da ABT, acrescentando que a entidade pretende estimular o surgimento de novos grupos em cidades onde ainda não tem taiko através de grupos de jovens que já atingiram um certo nível”. “É preciso insistir no ensino do taiko”, destacou Watanabe.

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