A segunda etapa da campanha de vacinação contra a febre aftosa de 2016 está sendo realizada no Estado de São Paulo pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento até o dia 30 de novembro.
Devem ser vacinados todos os bovídeos (bovinos e bubalinos) do rebanho, inclusive os que foram vacinados na etapa de maio – que na época tinham de zero a 24 meses.
A expectativa é que 100% dos bovídeos sejam vacinados.
Para garantir uma vacinação eficiente é preciso que o criador observe alguns cuidados.
“A primeira providência é adquirir as vacinas em estabelecimentos cadastrados na Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), que são fiscalizados por nossa equipe de médicos veterinários, técnicos de apoio agropecuário e outros profissionais, para verificar as condições de armazenamento do produto a ser comercializado”, disse Fernando Gomes Buchala, coordenador da Defesa Agro-pecuária.
Todo o estoque de vacina disponível no Estado para comércio durante a campanha de novembro (a legislação proíbe o uso de vacinas adquiridas em etapas de vacinações anteriores) é cadastrado pela revenda no sistema Gedave.
No momento da compra, o volume adquirido pelo criador é transferido, por meio do sistema, para o estoque da propriedade que também deve estar cadastrada, o que facilita a declaração da vacinação pelo criador.
A vacina deve ser mantida entre 2 e 8 graus centígrados, tanto no transporte como no armazenamento, usando uma caixa de isopor, com no mínimo dois terços de seu volume em gelo.
Este cuidado é importante para que a vacina não perca sua eficácia e proteja os animais.
A vacina nunca deve ser congelada. Já a escolha da hora da vacinação, além de não interferir na temperatura das vacinas, pode proporcionar maior conforto aos animais.
“O importante é escolher o horário mais fresco do dia para realizar a vacinação, classificando os animais por idade e sexo, para evitar acidentes durante a vacinação”, disse Hugo Leonardo Riani Costa, médico veterinário da Secretaria, que junto à Defesa Agropecuária responde pelo Programa Estadual de Erradicação da Febre aftosa.
A higiene e a limpeza são fundamentais na hora desse procedimento. Usar seringas e agulhas novas e higienizadas, sem o uso de produtos químicos (nem álcool, nem cloro). “O local para aplicar a vacina é, de preferência, no terço médio do pescoço (tábua do pescoço). Independente da idade, a dose é de 5 ml de vacina. As agulhas devem ser substituídas com frequência, para evitar infecções e os frascos da vacina devem ser mantidos resfriados durante a operação”, orientou Costa.
O criador deve se organizar para fazer a vacinação dentro do prazo estabelecido pela legislação, ou seja, até 30 de novembro, e tem até o dia 7 de dezembro para comunicar a vacinação ao órgão oficial de Defesa Agropecuária diretamente no sistema informatizado Gedave ou entregar em uma unidade da CDA, levando a declaração de vacinação preenchida e acompanhada da nota fiscal de compra das vacinas.
É preciso também declarar todos os animais de outras espécies existentes na propriedade, tais como equídeos (equinos, asininos e muares), suídeos (suínos, javalis e javaporco), ovinos, caprinos e aves (granjas de aves domésticas, criatórios de avestruzes).
A vacinação contra a febre aftosa é obrigatória.
Não vacinar ou não comunicar a vacinação à Defesa A-gropecuária até a data estabelecida é passível de sanções: 5 Ufesps (R$ 117,75) por cabeça por deixar de vacinar, e 3 Ufesps (R$ 70,65) por cabeça por deixar de comunicar a vacinação.
O valor de cada Unidade Fiscal do Estado de São Paulo (Ufesp) é R$ 23,55.