Dia das Crianças: para 89% dos pais, a mesada ensina sobre o valor do dinheiro, mas apenas 56% a aplicam

Em celebração ao Dia das Crianças, o Serasa apresentou um levantamento especial que investiga a relação de pais e filhos com as finanças, abordando temas como dinheiro, despesas, salários e a tradicional mesada.

Segundo a pesquisa realizada pelo Instituto Opinion Box, 89% dos pais e mães acreditam que oferecer mesada ajuda os filhos a compreenderem o verdadeiro valor do dinheiro. No entanto, apenas 56% deles conseguem cumprir com esse compromisso mensal.
Entre a parcela que ainda não dá nenhum tipo de mesada aos seus filhos, 35% optaram por ensiná-los sobre a importância de trabalhar para ganhar o próprio dinheiro. Na sequência, 32% preferem controlar as finanças e dar dinheiro de acordo com a necessidade da criança e 27% declaram não ter condições financeiras de dar mesada para os filhos.

“A possibilidade de oferecer mesada não é a realidade de todas as famílias brasileiras. Crianças também aprendem com exemplos, por isso a mesada pode ser considerada uma ferramenta, mas a organização financeira da família é ainda mais importante. O conselho é sempre entender se a mesada realmente cabe no orçamento familiar”, explica Mayara Oliveira, especialista do Serasa.

Na maioria dos casos, a mesada está condicionada ao comportamento em casa (58%) e ao comportamento na escola (56%), mas também está atrelada às notas escolares (48%) e à realização de tarefas domésticas (41%). Segundo o estudo, 79% dos pais afirmam explicar ao filho sobre a importância de poupar e fazer investimentos a longo prazo, pensando na faculdade.

O levantamento mostrou, ainda, que os filhos começaram a receber mesada principalmente entre 6 e 8 anos (30%) e 28% antes dos 5 anos. Para 14%, a mesada passou a fazer parte da rotina entre 12 e 14 anos e, para 4%, entre 15 e 18 anos. Entre as principais finalidades da mesada nessa faixa etária são para pagar o lanche da escola (48%), guardar para objetivo futuro (45%) e comprar brinquedos e outros produtos (41%).

“Os pais podem introduzir o tema com conceitos simples como a espera pela gratificação e o valor das coisas, progredindo para ideias mais complexas conforme a criança cresce. É importante que o dinheiro seja associado a um esforço e que não seja um recurso ilimitado, mas não é necessário o uso da moeda em si. O processo educativo pode acontecer por meio de jogos, dinheiros fictícios ou recompensas”, detalha a especialista.

Apesar de 81% dos pais afirmarem que os filhos têm mais acesso a informações sobre finanças do que eles, quando tinham a mesma idade, 80% admitem se preocupar que as crianças cheguem à vida adulta sem saber como lidar com as finanças.

Da mesma forma, 83% consideram importante incluir os filhos nos assuntos da casa para que sintam abertura para falar sobre isso futuramente, ensinando, principalmente, sobre a importância de ter uma vida financeira saudável.

O estudo faz parte da 11ª edição do Serasa Comportamento, série de levantamentos realizados pelo Serasa sobre a forma como os brasileiros lidam com suas finanças. A pesquisa ouviu 1.540 consumidores de todas as regiões do país, de 18 até 60 anos ou mais.

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