O Dia Internacional do Idoso, celebrado em 1º de outubro e instituído pela ONU, visa não apenas homenagear as pessoas idosas, mas também conscientizar a sociedade sobre os desafios e direitos desse grupo, que cresce rapidamente no Brasil. Entre 2000 e 2023, a população de pessoas com 60 anos ou mais quase dobrou, passando de 8,7% para 15,6%, segundo o IBGE. A expectativa é de que, até 2046, essa faixa etária representará 28% da população brasileira.
Com o aumento desse grupo, surgem também desafios. Em 2023, o Ministério dos Direitos Humanos registrou mais de 22 mil denúncias de abandono de idosos, o dobro dos casos de 2022. Além disso, problemas de saúde, como doenças crônicas, ganham relevância. A OMS aponta doenças cardiovasculares, respiratórias e demências, como o Alzheimer, como as principais preocupações. No Brasil, mais de 1,2 milhão de pessoas convivem com Alzheimer, e o diagnóstico precoce é fundamental para garantir melhor qualidade de vida.
Entre as principais ameaças à saúde dos idosos estão também as fraturas, especialmente as de quadril, causadas por quedas que podem ser prevenidas com adaptações no ambiente doméstico. Para prevenir que casos como esses aconteçam e melhorar a sua longevidade, é importante cuidados médicos regulares, atividades físicas e uma alimentação equilibrada.
A saúde mental também é uma questão crucial. O isolamento social e a perda de entes queridos podem levar à depressão, comum entre os mais velhos. Estudos mostram que a interação social, participação em atividades e o estímulo mental, como leitura e jogos, podem retardar o avanço de doenças neurodegenerativas e melhorar a qualidade de vida.
O apoio social é outro fator essencial para um envelhecimento saudável. Pesquisas da Harvard Medical School indicam que idosos com fortes vínculos sociais tendem a viver mais e com melhor qualidade de vida, reforçando a importância de uma rede de apoio emocional.
Para Andrea Moreira, especialista e mestre em Gestão Humana e Social e fundadora da Yabá Consultoria, focada no ESG, é fundamental fomentar cada vez mais políticas públicas que assegurem o bem-estar da população idosa e projetos voltados para o envelhecimento ativo, que envolvem saúde, bem-estar e qualidade de vida. “Todos os idosos devem ter seus direitos assegurados, incluindo saúde, moradia, prática de exercícios e socialização, garantidos por políticas públicas em parceria com empresas privadas, organizações sociais e o governo, por meio dos Conselhos de Direitos dos Idosos. Essa articulação visa promover cada vez mais os direitos da população 60+, assegurando o direito à vida, saúde, alimentação, educação, cultura, esporte, lazer, trabalho, cidadania e dignidade”.
Nesta data, é importante refletir sobre a necessidade de garantir aos idosos uma vida digna, com saúde, bem-estar e respeito, valorizando suas histórias e contribuições.
