Os mandatos dos governantes municipais das cidades da região eleitos no pleito no mês de outubro que tiveram início no começo deste mês, parecem estar em plena sintonia, pois praticamente todos os prefeitos estão tomando medidas para contenção de gastos.
Os novos mandatários geralmente começam suas gestões apresentando seus projetos, implantando promessas de campanha e muitas outras ações de impacto na prestação dos serviços à população, mas os prefeitos que assumiram suas funções neste começo de ano tiveram outra preocupação. Iniciaram seus mandatos tomando medidas para conter os gastos que as respectivas máquinas públicas têm nos seus municípios. A maioria dos prefeitos determinou a diminuição de secretarias e de cargos de confiança e não nomeou vários aliados do período eleitoral demonstrando preocupação com a situação das prefeituras que herdaram. Embora cada novo gestor tenha recebido sua respectiva prefeitura em situação diferente, praticamente houve unanimidade de ação entre os novos gestores que entraram em seus mandatos tomando medidas administrativas voltadas à economia de recursos públicos.
Não sabemos se esta nova visão está ocorrendo devido a crise econômica que afeta o país, se é motivada pela pressão da opinião pública ou se o perfil dos novos governantes municipais da região é mais parecido com o de um gestor preocupado com temas administrativos e econômicos do que ao antigo político que se preocupava em agradar aliados com indicações políticas.
O importante para os municípios é que o respeito ao dinheiro público, a busca por uma gestão eficiente, o compromisso com as boas formas de gestão pública que estão sendo colocadas em prática neste início de mandato tenham continuidade durante a totalidade da gestão dos novos governantes.
Se a preocupação com o equilíbrio das contas das respectivas prefeituras for uma tô-nica durante os próximos quatro anos de mandato os municípios da região terão um ganho em suas gestões, ganho este que poderá manter as suas cidades preparadas para um futuro mais seguro e isto beneficiará todos os seus moradores independente da opção política que tiveram na última eleição.
É bom que os novos prefeitos tenham sempre em mente o histórico recente do nosso país, quando houve um descontrole das finanças públicas federais que fizeram com que a nação mergulhasse numa crise política e econômica nunca vista em sua história.
Manter o equilíbrio financeiro das prefeituras durante os anos de mandato certamente será uma tarefa difícil, mas com certeza possibilitará que os habitantes de localidades como Capão Bonito, Guapiara, Ribeirão Grande, Buri, Apiaí, Itapeva e tantos outros não tenham o futuro comprometido. Que os novos prefeitos continuem primando pelo olhar de gestor público, pois com certeza esta nova forma de administrar pode não ser tão política como alguns po-líticos gostariam, mas com certeza está comprometida com o futuro de todos.