Áreas ociosas do Distrito Industrial I serão retomadas pela prefeitura

REPORTAGEM D’O EXPRESSO

A Prefeitura Municipal de Capão Bonito, através da Secretaria de Governo, Indústria e Comércio, atualmente comandada pelo engenheiro Marcelo Varela, apresentou oficialmente na manhã desta última quarta-feira, dia 8, os novos integrantes da Comissão Especial de Planejamento, Implantação e Acompanhamento dos Distritos Industriais I e II.
Compõe o novo colegiado industrial os seguintes representantes: Alcides Sonvesso (Sabesp), Eduardo Shindi Miyada (Sociedade Civil); Francisco Carlos Ribeiro Silva (Sindicatos), Israel Batista Gabriel (Fibria), Carlos Felipe Gonçalves Demétrio (Jurídico) e Roberto Francisco Daniel Neto (Fatec). Além disso, a comissão terá apoio do diretor de Meio Ambiente, Reinaldo José Daniel Neto, e do engenheiro agrimensor Heitor Cândido de Souza Junior, ambos servidores do município.
Nesta primeira reunião de 2017, a comissão analisou diversos pontos e ações estratégicas para o desenvolvimento dos Distritos Industriais I e II, inclusive, a possível retomada de áreas ociosas, abandonadas ou que estão em desacordo com a proposta do fomento ao emprego e renda.
A comissão deve notificar nos próximos dias quatro empresas que estão atuando de forma irregular no Distrito Industrial I.
Segundo apontamento, os espaços, ao invés de serem utilizados como incentivo econômico de fomento ao emprego, funcionam como área residencial e até mesmo como uma pequena chácara. “Vamos notificar os beneficiários para que devolvam a área ou desenvolvam atividades econômicas e de geração de emprego em curto ou médio prazo”, explicou o secretário Marcelo Varela.
Ainda no encontro, os novos integrantes aprovaram a transferência de parte de uma área que foi cedida a uma empresa de torrefação e moagem de café, mas que não saiu do papel, para servir como Centro de Armazenamento de Materiais Recicláveis.
“O mercado da reciclagem está em alta no Brasil. Atualmente, recuperamos cerca de 60% daquilo que antes era considerado lixo. Temos que aproveitar esse potencial para gerar emprego e renda no município”, falou Alcides Sonvesso.

Instalação de
novas empresas
A nova Comissão Industrial também incluiu na pauta de discussões neste primeiro encontro quatro pedidos de instalação de novas empresas no Distrito Industrial II, numa área de sete alqueires que foi cedida pela reflorestadora Fibria.
As solicitações serão analisadas, caso a caso, pelos membros da comissão, e se referem a empresas do setor de peças au-tomotivas, indústria madeireira, cerâmica e agronegócio.
As interessadas deverão apresentar um projeto com um cronograma específico e com prazos de execução de todos os investimentos previstos, do potencial de geração de empregos e documentação constando certidões expedidas por órgãos públicos que regulamentam a atividade em que atuam.
“Já recebemos quatro pedidos para a instalação das primeiras empresas no novo Distrito Industrial, mas não podemos cometer os mesmos erros do Distrito Industrial I. A nova comissão será criteriosa na análise para cessão de áreas. Ou gera empregos ou não terão áreas”, ressaltou Varela.

Serviços de infraestrutura
A Comissão Especial de Planejamento, Implantação e Acompanhamento dos Distritos Industriais I e II colocou ainda como prioridade a criação de um cronograma para a primeira fase de execução dos serviços relacionados à insfraestrutura da nova área industrial.
Nesse primeiro momento, a comissão definiu como prioridade os serviços de limpeza geral, que serão executados pela Secretaria Municipal de Obras e Serviços, e em seguida a abertura de ruas e divisão dos lotes.
A Secretaria Municipal de Planejamento também já iniciou os trabalhos para a elaboração do projeto que prevê a implantação de rede de água e esgoto no Distrito Industrial II.
A Prefeitura prometeu ainda notificar todas as empresas do Distrito Industrial I que ainda não solicitaram a ligação à rede de esgoto.
“A Sabesp e a Prefeitura implantaram a rede elevatória de esgoto no Distrito I, porém, várias empresas ainda não solicitaram a devida ligação. A colaboração precisa ser mútua”, disse o secretário de Governo, Indústria e Comércio.

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