O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está avaliando a criação de um cargo de enviado especial para combater o negacionismo climático, com foco na organização da COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas).
Se a medida for oficializada, Frederico Assis, atualmente responsável pela área internacional do Palácio do Planalto, é o nome mais cotado para a função. Assis, subordinado ao ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial do presidente, já teria recebido o convite, e a nomeação pode ser anunciada em breve. A informação foi inicialmente divulgada pela Folha de S.Paulo e confirmada pela CNN Brasil.
Formado em Relações Internacionais e mestre em História Social pela USP, Assis, que é natural de Capão Bonito, tem experiência como coordenador-geral da Secretaria de Relações Internacionais da Prefeitura de São Paulo e assessor especial do prefeito da capital paulista.
Ainda estão sendo definidos os detalhes sobre as responsabilidades do novo cargo pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) e pela Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom, que será supervisionado pelo embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30. Entre as atribuições, espera-se que o ocupante se envolva com plataformas digitais, movimentos sociais e agentes políticos.
A possível criação do cargo, ocorre no momento em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, adota medidas contrárias ao combate à crise climática. Crítico de políticas ambientais, Trump defende um modelo de crescimento econômico baseado na exploração de petróleo, contrariando iniciativas globais para conter os impactos ambientais.