Coexistência possível

Os municípios da região, principalmente aqueles que estão situados próximos a parques estaduais como Capão Bonito, Guapiara, Ribeirão Grande, Apiaí são sempre vistos como sendo de grande interesse ambiental.
Membros de órgãos estaduais do meio ambiente, pessoas ligadas ao meio universitário e ambientalistas, estão sempre atentos as movimentações que são feitas nestes municípios e se organizam na defesa da manutenção do atual status de preservação das enormes áreas de mata atlântica ainda existentes nestas cidades e que representam o pouco que resta de áreas preservadas na região sudeste do Brasil.
Recentemente outro setor tem se movimentado para também defender seus pontos de vista sobre o impacto que a preservação ambiental tem nos municípios do sul e sudoeste do Estado.
Trata-se da Associação de Mineradores do Sudoeste, que tem se organizado para mostrar que é possível a coexistência da mineração com a preservação ambiental, num momento em que alguns projetos estão tentando impor obstáculos a esta atividade em algumas localidades. Outro ponto que é muito abordado pelos empresários da mineração é o impacto que a supressão da atividade mineral vai ocasionar na economia na região já que algumas cidades do sudoeste têm na mineração sua principal atividade econômica.
Não é o caso de defender uma ou outra atividade de forma radical, como se elas não pudessem coexistir em harmonia, mas sim deixar claro que tanto a preservação ambiental quanto a atividade mineral podem ser úteis para a melhoria da qualidade de vida daqueles que moram nesta que é a região menos desenvolvida do Estado.
Impedir que a mineração deixe de atuar em cidades como Apiaí, Guapiara e Ribeirão Grande, implicaria num dano irreparável para a economia destes municípios, provocaria ainda mais desemprego num momento onde o país passa por uma das suas piores crises econômicas de sua história, crise esta que tem motivado a demissão de milhões de trabalhadores.
Em inúmeros países do mundo existe uma convivência entre mineração e meio ambiente. Este mesmo procedimento pode ser perfeitamente aplicável no nosso país e na nossa região que detém, por exemplo, as últimas reservas em calcário do nosso Estado de São Paulo.
Abrir mão de riquezas como nossa reserva mineral poderia colocar o futuro de nossos municípios em jogo. É possível sim, com bom senso, que ocorra a fabricação de cimento, a exploração de granito e de calcário e mesmo assim os danos ao meio ambiente não seriam tão impactantes como são os aterros sanitários e lixões existentes no país.
Com diálogo certamente as partes interessadas nestes dois setores se entenderão e a região poderá continuar se mantendo como pulmão do Estado e não terá sua perspectiva de desenvolvimento afetada.

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