Nesta semana a Câmara Federal decidiu o futuro político do seu presidente afastado, deputado federal Eduardo Cunha, do Rio de Janeiro.
Apesar de aliados do deputado terem propagado antes da votação que ele teria chances de manter seu mandato graças a ausência de um grande número de parlamentares, ao final da sessão o que se viu foi exatamente o contrário. Houve presença quase maciça de deputados que optaram pela cassação do mandato de Cunha.
Em sua defesa o deputado do PMDB fluminense afirmava que estava sofrendo retaliação política por parte de aliados da ex-presidente Dilma Rousseff pelo fato de ele não ter feito um acordo com o PT para não aceitar a denúncia que redundou no impeachment da presidente petista.
Na realidade, as investigações da operação Lava Jato mostraram que tanto Cunha como PT foram aliados em ações que causaram sérios danos aos cofres da Petrobras.
Acabaram se desentendendo e morreram abraçados.
Aos deputados federais que são nossos representantes em Brasília cabia tomar uma decisão que mostrasse que o Poder Legislativo Federal não acobertaria nenhum tipo de irregularidade e que faria um julgamento isento.
Mesmo que pressionados pela imprensa, os deputados deram uma mostra que a opinião pública não permitirá mais que acordos escusos sejam feitos com a intenção de colocar embaixo do tapete as irregularidades que saltam aos olhos de todos os brasileiros.
Agiu bem a Câmara Federal, apesar da decepção com alguns ausentes à sessão, mostrando que mesmo a contragosto de certas raposas da política, a voz das ruas deve sempre ser ouvida.
São decisões como desta semana, em que um deputado que até alguns dias atrás era tido como indestrutível politicamente e acaba tendo o mandado cassado, que nos faz ainda confiar que o Brasil pode avançar para ser um país desenvolvido e com justiça social.
São exemplos positivos como o ocorrido nesta semana que a Nação precisa para recuperar a sua autoestima e também para que a classe política passe a ser vista com melhores olhos. Logicamente que ainda precisamos de políticos melhores e mais comprometidos com as verdadeiras causas que interessam a população e não aos interesses pessoais de alguns poucos.