Em clima de retaliação, vereadores da oposição reprovam projetos importantes

Os resultados das urnas em Capão Bonito, ao que tudo indica, não foram ainda muito bem digeridos no Legislativo de Capão Bonito.
Em sessão realizada na última segunda-feira, 03 de outubro, três importantes projetos enviados pelo Executivo foram reprovados pelo grupo de vereadores considerados hoje de oposição.
Apesar da argumentação de vereadores da situação, como o presidente da Câmara, Matheus Enei Francatto, Célio de Melo e Nino Nunes, o Projeto de Lei que autorizava o Executivo a celebrar convênio com o Instituto de Estudos de Protestos de Títulos do Brasil – Seção de São Paulo, Tabelião de Notas e de Protestos de Letras e Títulos de Capão Bonito e Cartório de Registro de Imóveis e Anexos de Capão Bonito, para remessa a protesto das Certidões da Dívida Ativa (CDAs) do município de Capão Bonito, por sua Divisão de Dívida Ativa da Secretaria Municipal de Finanças, do município e o Projeto de Lei nº. 099/16, de 30 de agosto de 2016 que concedia o direito à prefeitura de celebrar Termo de Cooperação Técnica com o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, objetivando a integração do processo de troca de informações entre as partes, através do intercâmbio de dados em meio eletrônico, visando o aprimoramento recíproco dos serviços relativos às Execuções Fiscais de débitos tributários e não tributários, inscritos em Dívida Ativa do município foram reprovados pelo bloco oposicionista liderado pelo vereador e candidato a prefeito derrotado, Paulo Cecap (PP), Romano Oliveira (PSD), Heitor Silveira (PSB), Ezequiel Magalhães (PP), Ezequiel Ferreira (PSB), Abner Silveira (PP), Denilson de Vasconcellos (PSD) e pelo mais novo integrante de oposição ao governo Julio Fernando, vereador Joaquim Júnior (PR), mesmo tendo ele ocupado a Secretaria de Agricultura do próprio Governo Julio Fernando.
Segundo o secretário de Governo, Mário Milani, a estimativa é que a retaliação dos vereadores de oposição gere um prejuízo de mais de R$ 300 mil ao município, impedindo a execução de títulos e dívidas junto à Receita Municipal. “Infelizmente a atitude política vai prejudicar a própria cidade”, lamentou.
Também não foi aprovado o Projeto de Lei que dispõe sobre autorização para o Executivo proceder a concessão e permissão de uso à Associação Terras do Embiruçu, de áreas públicas de parte do Loteamento Terras do Embiruçu. Nos bastidores do Legislativo é nítido que o acirrado clima eleitoral deixou sequelas.
Em nota, a assessoria de imprensa do Legislativo afirmou que os vereadores têm legitimidade para aprovar e reprovar qualquer tipo de propositura e projeto, independente da questão política e eleitoral. “É uma prerrogativa do Poder Legislativo”, disse.

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